Em 15 de setembro, Yahya Sinwar, líder do Hamas, enviou uma carta a Abdul-Malik al-Houthi, líder do grupo de resistência iemenita Ansarallah, após o anúncio do lançamento da quinta fase de suas operações armadas em apoio à Resistência Palestina contra o sionismo e o imperialismo ianque. 4i63b
Na carta, Sinwar agradeceu a solidariedade iemenita à Palestina afirmando ter “o prazer de lhe agradecer pelas emoções sinceras, os sentimentos transbordantes e a forte vontade que testemunhamos de sua parte na batalha do Dilúvio de Al-Aqsa, seja no campo de resistência ou nas comunicações que você nos envia e nas mensagens trazidas por suas estimadas delegações”.
A demonstração de coesão internacionalista, desde o lançamento do Dilúvio de Al-Aqsa em outubro de 2023, um dos maiores problemas político-militares de Israel em seu genocídio em curso contra povo palestino. O fortalecimento do eixo da resistência foi reverenciado por Yahya Sinwar, que afirmou que “o impacto das frentes de apoio está começando a ter uma influência mais eficaz e profunda para decidir a batalha a favor de nosso povo orgulhoso e livre”, ao tratar do míssil hipersônico iemenita lançado na manhã do domingo (15).
O líder do Hamas também exaltou o fortalecimento da resistência iemenita, destacando que “seus foguetes alcancem profundamente a entidade inimiga, ultraando todas as camadas e sistemas de defesa e interceptação, reacendendo a intensidade da batalha da Inundação de Al-Aqsa e seu impacto no coração de “Tel Aviv” mais uma vez”.
Ele garantiu que, apesar da guerra em Gaza se arrastar por um ano, a resistência está em boas condições e que as reivindicações israelenses são parte de uma guerra psicológica. Sinwar destacou que o Hamas está se preparando para uma batalha prolongada, com o objetivo de quebrar a determinação política de Israel, assim como enfraqueceu sua força militar.
Sinwar destaca que a operação Ansarallah, como parte da guerra em curso entre o povo palestino e Israel, “veio para enviar uma mensagem ao inimigo de que os planos de contenção e neutralização falharam”. O líder do Hamas também tratou da situação do povo palestino em meio ao genocídio em Gaza e sua heróica resistência. “Nosso povo na Faixa de Gaza vive entre dois estados: um estado de dor e sofrimento severo devido à agressão nazista, genocídio, cerco e fome, que necessitam de apoio e solidariedade de todos os povos da nação; e um estado de resistência valente liderada pelas Brigadas Al-Qassam, que executaram habilmente o ataque de 7 de outubro e lutaram uma batalha defensiva de um ano que esgotou o inimigo”, afirmou contundente.
Por fim, exaltou a inabalável resistência palestina, defendendo que “está em boa forma, e o que o inimigo declara são meras mentiras e guerra psicológica”. Ainda afirmou que o Hamas prepara-se para uma guerra prolongada, “que quebrará a vontade política do inimigo, assim como a Inundação de Al-Aqsa quebrou sua vontade militar”.
Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Al-Qassam, organização militar do Hamas, também emitiu um elogio e saudações ao Ansarallah, destacando que o lançamento do míssil iemenita marcou uma escalada significativa no conflito em andamento e demonstrou a firme solidariedade entre os povos palestino e iemenita. Ele descreveu o ataque como um ponto de virada na batalha e alertou Israel, que já enfrenta dificuldades em Gaza, que expandir o conflito para novas frentes resultaria em uma devastadora barragem de mísseis.
“A natureza da arma usada na operação, o tipo de alvo que atingiu e outros detalhes que nossos irmãos no Iêmen compartilharam conosco representam uma mudança qualitativa que terá impactos importantes no curso e nos resultados da batalha do Dilúvio de Al-Aqsa”, disse Abu Obeida.