No último sábado (17/05), o jornal revolucionário espanhol Servir al Pueblo (Servir ao Povo) foi censurado após a publicação de um artigo sobre o 45° aniversário do início da Revolução Peruana, que começou no dia 17 de maio de 1980.O artigo, além de abordar a importância histórica do 17 de maio de 1980 para a luta de classes tanto no Peru como em todo o mundo, destaca também a continuidade e a atualidade das atividades revolucionárias no País latino-americano.Pouco depois da publicação ser realizada no WordPress, sítio onde o jornal é hospedado, o servidor — do qual faz parte do monopólio imperialista ianque de tecnologia — foi desligado abruptamente, tirando o website do ar.Após quase 3 anos de intensa cobertura das lutas do proletariado internacional, o periódico sofreu a primeira grande censura da plataforma, que alega “atividade ilegal” por parte do jornal.A equipe do jornal afirmou que “o momento desta censura não é coincidência” e que “atualmente, amos por um período histórico de grande decomposição do imperialismo global, onde a nossa imprensa se tornou uma parte pequena, mas barulhenta, da cobertura sobre as Guerras Populares no Peru, Turquia, Índia e Filipinas.”Sobre seu trabalho, acrescenta: “As edições impressas da 16ª edição atestam o nosso trabalho prático, onde demos voz a alguns dos trabalhadores mais pobres e explorados (como as costureiras de Elche ou os trabalhadores sazonais de Albacete); documentamos despejos de centros sociais (como a bancarrota em Madrid) e criamos reportagens onde era necessário dizer a verdade (como a reportagem sobre Paiporta).” 1i1q1j
O jornal finaliza reafirmando seu compromisso em somar esforços com a luta do povo fora do ambiente virtual: “Nosso objetivo nunca foi ser apenas um ‘blog de notícias’. Nenhuma censura ou repressão irá deter nossos avanços; iremos continuar noticiando os êxitos dos revolucionários e das massas a partir de todos os meios possíveis.”
Após mais de 24 horas de censura, no domingo (18/05) o website foi reaberto após recurso dos revolucionários sobre a decisão, que foi concedido. Todavia, em caso de outra suposta “violação”, a plataforma ameaça censurá-los de novo, dessa vez de forma permanente.