USA: Agudiza-se a crise migratória na fronteira com o México 1z4g5o

Nas últimas semanas, a crise migratória na fronteira do Estados Unidos (USA) tem se agravado significativamente. Já foram registrados nesse período cerca de 10 mil cruzamentos de fronteira por dia, ritmo mais intenso do que o registrado nos meses anteriores.
O mês de dezembro tem sido marcado pelo agravamento da crise migratória no USA. Foto: John Moore/Getty Images

USA: Agudiza-se a crise migratória na fronteira com o México 1z4g5o

Nas últimas semanas, a crise migratória na fronteira do Estados Unidos (USA) tem se agravado significativamente. Já foram registrados nesse período cerca de 10 mil cruzamentos de fronteira por dia, ritmo mais intenso do que o registrado nos meses anteriores.

Nas últimas semanas, a crise migratória na fronteira do Estados Unidos (USA) tem se agravado significativamente. Já foram registrados nesse período cerca de 10 mil cruzamentos de fronteira por dia, ritmo mais intenso do que o registrado nos meses anteriores. A crise fronteiriça, causada pelo agravamento da crise econômica nos países latinoamericanos saqueados principalmente pelo próprio imperialismo ianque (dos Estados Unidos), tem sido acompanhada do agravamento da crise política no USA. Parlamentares e governadores reacionários têm exigido mais medidas contra a imigração por parte do governo de Joseph Biden, que já aprovou, no primeiro semestre do ano, artigos anti-imigrantes. u205q

De acordo com o monopólio de imprensa AFP, que entrevistou imigrantes que participaram dessa onda de migração, a nova crise desembocou após surgirem rumores sobre o “risco de fechamento iminente da fronteira” a partir do dia 20 de dezembro. 

O fechamento acabou por não ocorrer, mas novas leis aprovadas no período restringiram de forma severa a imigração para o USA. O governador ultrarreacionário do estado do Texas, Greg Abbot, sancionou no último dia 25 de dezembro uma lei que instituiria como crime a entrada ilegal no Texas a partir de um país estrangeiro, levando a uma punição de 6 a 20 anos de prisão em casos de reincidência. Se entrar em vigor a partir do mês de março de 2024, a lei outorgará à órgãos estaduais a capacidade de prender e deportar imigrantes para o México.

Omissão ou repressão? 323e3d

Buscando alçar-se em cima de um discurso anti-imigração extremado, o governador acusou Joseph Biden de “omissão deliberada” no contexto da crise migratória, e exige, além das leis criadas, maior endurecimento das leis anti-imigração. 

Acontece que o governo de Joseph Biden não foi, nem de longe, marcado pela permissividade em relação aos imigrantes: o atual presidente reacionário foi responsável por apresentar, no último mês de maio, uma lei ainda mais dura do que o antigo artigo 42, criado por Donald Trump e expirado no último mês de maio. A nova lei anti-imigração de Biden proíbe o retorno dos migrantes após sua deportação, e no caso de retornarem, respondem criminalmente dentro do sistema judiciário ianque. Nos dias anteriores à aprovação da lei proposta por Biden, as fronteiras do USA também foram tomadas por massas de imigrantes que tentaram entrar no país antes que a nova legislação entrasse em vigor. Já no mês de outubro, Biden permitiu a construção de um muro na fronteira com o México, em clara oposição ao que havia pregado durante sua demagogia nos tempos de campanha eleitoral.

Apenas no período entre outubro de 2022 e setembro de 2023, cerca de 2,4 milhões de imigrantes foram interceptados em por via terrestre nas fronteiras do USA com o México. O período também ficou marcado por inúmeras violações por parte das forças repressivas ianques, desde a polícia fronteiriça até os agentes dos centros de detenção da Imigração e Alfândega (ICE). Nos centros do ICE, são recorrentes as denúncias de torturas, abusos, maus tratos e até morte, como ocorreu com a brasileira Cristiane Dutra, de 36 anos, que morreu por uma crise de asma que não foi possível de ser tratada em decorrência das condições insalubres que enfrentou em meio à travessia.

Imperialismo é responsável 205t1g

O aumento do contingente de imigrantes está diretamente vinculado ao agravamento da crise dos países latinoamericanos, sujeitos à dominação e espoliação por parte de potências e superpotências imperialistas. Com o agravamento da crise nos próprios países imperialistas (a exemplo do USA, que ou por múltiplas renegociações da dívida ao longo de 2023 e também registrou a falência de importantes bancos), o saqueio  dos países dominados se eleva ainda mais, agravando a própria crise econômica dos dominados. 

Na busca de escapar dos efeitos da crise, essas massas rumam em ondas para países como o USA, alçadas na falsa esperança de uma vida melhor. Mas, quando lá chegam, são submetidas aos piores empregos e, muitas vezes, sem os mínimos direitos trabalhistas, pela própria condição de imigrantes ilegais. Um estudo realizado pela Universidade do Sul da Califórnia revela que os trabalhadores imigrantes sem visto ganham menos da metade da média salarial da população do USA. Enquanto a renda anual dos norte-americanos é em média de 50 mil dólares ao ano, a média de renda anual dos imigrantes “ilegais” corresponde a 20 mil dólares.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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