Após possível sabotagem, explosão em gasoduto deixa a Síria completamente sem luz 626144

Após possível sabotagem, explosão em gasoduto deixa a Síria completamente sem luz 626144

Bombeiros sírios trabalham para apagar as chamas da explosão em um gasoduto atingido perto da capital Damasco. Foto: AP 161m63

A Síria ficou completamente sem luz na noite do dia 23 para 24 de agosto, após um possível ataque a um gasoduto entre as cidades de Al-Dhumayr e Adrana, perto da capital Damasco. A agência de notícias do governo do país, Sana, citou o ministro da Eletricidade, Zuhair Kharbotli, que disse que uma explosão na estrutura “levou a um apagão de eletricidade em toda a Síria”.

O ministro do petróleo, Ali Ghanem, referiu-se à causa do blecaute como um “ataque terrorista”, porém não forneceu mais detalhes sobre a questão. 

Kharbotli afirmou que esta é a sexta vez que o gasoduto atingido é alvejado, o que corrobora a suspeita de um ataque. Poucas horas depois, o incêndio foi controlado e a eletricidade, restaurada. A Sana publicou imagens de um grande incêndio noturno que disse ter sido causado pela explosão, além de fotos de um gasoduto muito danificado, faltando pedaços. 

CASOS DE SABOTAGEM CONTRA A PRODUÇÃO DE ENERGIA SÍRIA

Em dezembro de 2019, três instalações de petróleo e de gás natural istradas pelo governo de Bashar al-Assad foram atingidas em um ataque de drones, na porção central do país, incluindo a grande refinaria de petróleo da cidade de Homs. Em janeiro de 2020, bombas que haviam sido plantadas debaixo d’água, na costa do país, explodiram e danificaram várias instalações usadas para bombear petróleo para uma refinaria. Em nenhum desses casos, incluindo o mais recente, teve a autoria assumida por algum responsável. 

O gasoduto em questão cobre uma distância total de 1,2 mil quilômetros e transporta gás natural do Egito para a Jordânia, Líbano e para a própria Síria, abastecendo três usinas energéticas no Sul do país, que sofre profundamente com escassez de combustíveis. Isso ocorre principalmente devido às sanções do imperialismo ianque e de seus lacaios, que embargam o país de realizar importações para os territórios do país sob controle do governo de Assad, enquanto que, no norte do país, os campos de petróleo sírios são controlados por paramilitares, em sua maioria curdos, com o total apoio e incentivo dos ianques. 

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