Bombardeios russos mataram pelo menos 12 pessoas e feriram outras 30 na madrugada de hoje (8/3) na região de Donetsk, leste da Ucrânia. 3n3n3z
Um outro ataque por drone atingiu um estabelecimento privado na cidade de Bohodukhiv, em Kharkiv, segundo o chefe da istração militar regional, Oleg Syniehubov.
Os ataques ocorreram menos de 24 horas depois do presidente ultrarreacionário ianque, Donald Trump, ameaçar o seu homônimo russo com sanções caso os bombardeios na Ucrânia continuassem.
“Considerando que a Rússia está atacando intensamente a Ucrânia no campo de batalha neste exato momento, estou seriamente considerando impor sanções financeiras de grande escala e tarifas à Rússia até que seja alcançado um cessar-fogo e um acordo final de paz”, escreveu Trump em sua rede Truth Social.
Os ataques ocorrem em meio à pressão imposta por Trump sobre Volodymyr Zelensky para que a guerra chegue a um acordo.
Trump quer entregar parte do território ucraniano para a Rússia – algo que o ex-presidente Joseph Biden já vinha negociando – e saquear minerais terras raras da Ucrânia como um “pagamento” pela ajuda militar do EUA à Ucrânia.
É uma verdadeira repartilha do território ucraniano, o que já era previsto desde o momento em que Zelensky preferiu se apoiar no apoio logístico e financeiro do EUA e das potências imperialistas da Europa do que nas próprias massas ucranianas para vencer a guerra. Entregando, assim, a soberania nacional do país ao dar ao imperialismo ianque o direito de controlar a defesa ucraniana através dos meios de guerra da OTAN.
Com os ataques realizados às bordas do acordo de capitulação e divisão da Ucrânia, Putin quer encarecer o preço da negociação final e garantir para si a maior fatia possível das terras ucranianas, dentro do já conquistado.
As tensões entre Trump e Putin em meio às negociações mostram, também, que as negociações não são resultado de uma “relação harmônica” entre os presidentes ianque e russo, ou de uma tentativa de aproximação de ambos. E sim, resultado do interesse russo em se adonar da parte já conquistada do território ucraniano e dos interesses ianques de encerrarem essa frente aberta da guerra para concentrar os esforços do complexo-industrial militar do EUA na Ásia para conter o avanço do social-imperialismo chinês.
O problema é que o cálculo dos ataques é sensível, visto o crescimento da probabilidade de uma nova e terceira guerra mundial, ainda que não como uma tendência principal.