RS: Vazamento de dióxido de cloro em fábrica de celulose em Guaíba expõe trabalhadores e moradores a riscos graves de saúde 50403

A empresa CMPC, pertencente ao monopólio da família chilena Matte, expôs os trabalhadores e moradores do entorno da fábrica a potenciais queimaduras, intoxicação por inalação e irritação ocular, além de danos ambientais, causados pelo vazamento de cloro líquido.
Foto: reprodução/Unidade de Guaíba da empresa CMPC - Fabiano Panizzi

RS: Vazamento de dióxido de cloro em fábrica de celulose em Guaíba expõe trabalhadores e moradores a riscos graves de saúde 50403

A empresa CMPC, pertencente ao monopólio da família chilena Matte, expôs os trabalhadores e moradores do entorno da fábrica a potenciais queimaduras, intoxicação por inalação e irritação ocular, além de danos ambientais, causados pelo vazamento de cloro líquido.

No último domingo (23/2), houve um vazamento de cloro líquido por volta das 11h na fábrica de celulose da empresa CMPC (pertencente ao monopólio da família chilena Matte) durante uma atividade de limpeza, em Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre. Os moradores do entorno da fábrica relatam um forte odor e uma densa nuvem de gás cloro pairando sobre a região, gerando medo entre os moradores, que tiveram sintomas de intoxicação pelo gás, entre eles: forte ardência nos olhos e nariz, sensação de sufocamento, náuseas e dores de cabeça. Entrando em contato com o canal de atendimento da empresa, os moradores não tiveram retorno à prontidão, precisando ligar para o corpo de bombeiros para buscar informações de primeiros socorros. 5n3ve

Os trabalhadores da fábrica relatam que colegas de trabalho foram atingidos pelo vazamento de cloro líquido, expondo-os a potenciais queimaduras e causando desmaios devido à inalação do gás gerado pelo vazamento. A operação da área foi paralisada e parte da fábrica foi evacuada, acionando a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e o corpo de bombeiros.

Incidente similar ao ocorrido no município de Santa Rosa, na região interiorana do estado, onde trabalhadores de um frigorífico precisaram ser hospitalizados após o vazamento de gás amônia, que foi causado por falta de manutenção dos equipamentos do frigorífico.

A empresa CMPC omitiu informações a respeito do vazamento para os moradores do entorno da fábrica, não especificando sobre qual substância havia vazado, a gravidade da situação e medidas de emergência a serem tomadas, limitando-se a declarar que “apenas” houve um vazamento e de que a situação estaria sob controle. A fábrica possui histórico com outros vazamentos de cloro, incêndios e até mesmo implosão de uma caldeira de força, expondo não somente os trabalhadores a um elevado risco, mas também os moradores do entorno da fábrica, uma vez que não possui quaisquer planos de ação em casos de emergência e sirenes de alerta que possam ser ativadas em incidentes graves como estes.

Impactos Ambientais 6x2z6i

“Projeto Natureza”, como é chamado hipocritamente o novo investimento bilionário da empresa CMPC – que pertence ao monopólio da família chilena Matte – na construção de uma nova fábrica de celulose no Município de Barra do Ribeiro, também na região metropolitana de Porto Alegre. A empresa investe fortemente no marketing para mascarar os impactos ambientais causados por ela, chegando até mesmo a criar um time de futebol fictício para patrocinar o campeonato gaúcho. Ironicamente chamado de “Defensores da Natureza”, o time na teoria promoveria torcedores e jogadores a se solidarizarem com a causa ambiental, no entanto, não a de uma ação publicitária vigarista, que individualiza a causa ambiental – levando o espectador a crer que é responsável pela desordem climática – enquanto a empresa despeja seus efluentes industriais no rio Guaíba, onde o despejo do cloro no meio ambiente pode contaminar um lençol freático, tornando-o tóxico e matando a vegetação ao redor. Assim degradando, junto de outras corporações, o extinto bioma do pampa.

Como já denunciado pelo AND, o pampa é o bioma mais degradado do país, reduzido a 30% de sua extensão em 40 anos, afetando mais de 3 milhões de hectares pelo desmatamento promovido pelo latifúndio para a monocultura extensiva, principalmente para o cultivo da soja e o plantio do eucalipto transgênico.

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