RS: Sem casa, camponeses acampados após enchentes são intimados a deixar ocupação 4x5c25

Os moradores foram intimados por oficiais de justiça e policiais militares armados a se retirar do local ou sofreram "retirada compulsória".
Moradores receberam ameaça de "retirada compulsória". Foto: Reprodução

RS: Sem casa, camponeses acampados após enchentes são intimados a deixar ocupação 4x5c25

Os moradores foram intimados por oficiais de justiça e policiais militares armados a se retirar do local ou sofreram "retirada compulsória".

Moradores acampados na beira da estrada ERS-129 em Estrela, que fica na região centro-leste do estado, foram informados pela prefeitura que teriam que abandonar o acampamento dentro de 10 dias, pois supostamente estariam em propriedade privada. Mesmo tendo ocupando um pequeno espaço desocupado da fazenda, os moradores foram intimados por oficiais de justiça e policiais militares armados a se retirar do local ou sofreram “retirada compulsória”. 1k1c53

No acampamento viviam 42 famílias, totalizando cerca de 150 pessoas, que estavam morando em barracas feitas de lona e utilizando um pequeno galpão para abrigar mantimentos da chuva.

A cidade de Estrela foi destruída quase que em sua totalidade, com 75% da cidade ficando alagada pela enchente do rio Taquari. A força da água arrancou as casas pela fundação, apagando bairros inteiros do mapa.

A defesa dos advogados da prefeitura é de que as famílias teriam a possibilidade de ir para os abrigos oficiais do governo, mas a justificativa não se sustenta. Inicialmente criados espontaneamente pelas massas, a tomada do controle dos abrigos pelas forças policiais do velho estado trouxe apenas mais sofrimento para o povo já afetado pelas chuvas, com o mais recente caso sendo o terror violento causado por policiais militares em um abrigo em Porto Alegre.

Governo insiste em ‘cidades provisórias’ e ignora necessidades do povo 6472o

Estrela é uma das várias cidades onde a prefeitura decretou que os bairros destruídos próximos às margens do rio não seriam reconstruídos, e sim realocados para outro lugar. Ao mesmo tempo, o velho Estado e seus monopólios de imprensa anunciam a intenção de construir as “cidades provisórias” em Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Guaíba.

O governo diz que “apenas 15%” dos mais de 70 mil desabrigados precisam ir para esses abrigos, mas o temor das massas é que o estado abandone a população nos “abrigos temporários” e as massas precisem improvisar moradias no local, como aconteceu no Rio de Janeiro, na favela de Manguinhos na década de 1960.

Contra isso, moradores têm se mobilizado em municípios como Porto Alegre e Canoas para exigir medidas urgentes. Os protestos envolveram bloqueio de vias e ataque com ovos a prédios como a Câmara de Vereadores de Canoas.

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