Após mais de um mês de luta e mobilização, cinco policiais militares foram indiciados pelo assasinato de Vladimir Abreu, que foi sequestrado e assassinado em maio. Dos cinco indiciados, Felipe Adolpho Luiz, Lucas da Silva Peixoto, Maicon Brollo Schlumpf, Dayane da Silva Souza e Bruno Pinto Gomes, apenas os dois primeiros estão, supostamente, presos no presídio da brigada militar. k1i2i
Enfrentando a fúria da comunidade do condomínio Princesa Isabel, onde Vladimir morava, que em uma grande ação combativa incendiou dois ônibus e enfrentou a Brigada Militar com pedras e coquetéis molotov, a Brigada Militar se viu obrigada a indiciar cinco de seus gangsteres, mas já prepara o terreno para a sua absolvição.
Os monopólios de imprensa todos reservaram grandes espaços em suas páginas de notícias para falar sobre a queima de ônibus promovida pelos moradores e em dar palco para os advogados dos assassinos falarem sobre como seus clientes são inocentes. Reservam grandes espaços para “justificar” a morte de Vladimir, dizendo que “acidentalmente o mataram” durante a tortura e “foram obrigados, no desespero” a ocultar seu cadáver.
Conforme já divulgado pelos moradores em depoimento em vídeo ao AND, os policiais militares haviam dito, no dia do assassinato de Vladimir, que “a noite está boa para matar”. Enquanto isso, não há sinal algum de depoimentos dos moradores, nem se falou dos dias de terror que a comunidade ou após o assasinato de Vladimir, com “operações” da Brigada Militar quase diárias para fustigar a mobilização em torno do caso, esforço em vão.
A narrativa podre da grande imprensa busca ocultar a política de genocidio sistemático da Brigada Militar contra o povo pobre, aplicando a sua política de violência e terror contra as massas, principalmente contra as massas mobilizadas. O culpado pela morte não são cinco brigadianos, mas toda a corporação, braço armado do velho estado para impor violência e terror. A Brigada Militar, o Velho Estado e o monopólio da mídia conspiram para inocentar os assassinos, as organizações democráticas e as comunidades não devem dar um o atrás para garantir que seja feita a justiça por todos os assassinados pela brigada militar.