Durante a manhã do dia 12 de dezembro, trabalhadores da saúde vinculados ao Governo do Estado de Rondônia realizaram uma manifestação dirigida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado de Rondônia (SINDSAÚDE-RO) em que expam a precarização da saúde pública no município de Porto Velho e exigiram, entre suas demandas, a reposição de perdas salariais, melhoria na condição de trabalho, abono natalino, ajustes no auxílio-alimentação e a construção do Novo Hospital João Paulo II (Heuro). 236ls
As numerosas demandas expressam a condição de trabalho dos servidores estaduais da área da saúde. O AND, em 2021, reverberou a denúncia de que pessoas morriam no Hospital João Paulo II, enquanto o governo de Marcos Rocha reprimia violentamente camponeses.
Em março deste ano, os trabalhadores da saúde iniciaram uma greve por tempo indeterminado, mas que foi encerrada após intimação do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia criminalizando a categoria e alegando que a categoria já reunia com o Governo do Estado e por isso não poderia aderir à greve. As reuniões sucessivas com representantes do Secretário de Saúde, do Ministério Público Estadual, do Tribunal de Justiça e do Governo do Estado ocorreram outras vezes durante o ano, mas não houve avanços.
A gravidade da situação em que se encontra a saúde é reconhecida nacionalmente, principalmente após o Hospital Estadual João Paulo II ser considerado pelo Conselho Federal de Medicina o pior hospital do país. Enquanto trabalhadores são atendidos em meio aos corredores mesmo com a falta de suprimentos essenciais, as obras do novo Hospital Estadual de Rondônia estão paradas desde 2019.