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Por conta das agressões Yuri ficou com várias marcas de hematomas pelo corpo. Foto: Reprodução
Um estudante do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) foi agredido por um grupo de bolsonaristas durante um ato em prol do voto impresso, no dia 13 de julho, na cidade de Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte.
Yuri Arley de Jesus Lima, de 24 anos, voltava da casa da esposa, onde foi ver o filho e ao atravessar a arela da governadoria, no bairro Potilândia, começou a ser hostilizado por um grupo de bolsonaristas que faziam um ato pedindo voto impresso nas eleições de 2022.
Os fascistas começaram a esbravejar palavras como “vai pra Cuba” e “vagabundo” e logo em seguida empurraram Yuri. Revoltado com as agressões, o rapaz respondeu aos xingamentos e, a partir daí, os quatro covardes começaram a agredi-lo com socos e chutes.
Yuri conta também que um dos bolsonaristas puxou um estilete para ameaçá-lo e outro colocou a mão em uma bolsa e fez menção que iria puxar uma arma. O rapaz conta que os agressores também quebraram seus óculos.
O estudante conta que tentou correr para se livrar dos agressores, contudo um dos bolsonaristas o alcançou e começaram a brigar novamente. Neste momento, um dos agressores fascistas pegou o celular de Yuri, e a corja, mentirosos que são, começaram a gritar que Yuri tinha roubado o celular, pois mais pessoas se aproximavam da confusão.
A partir daí o rapaz começou a ser linchado por várias pessoas. Ele conta que as agressões só pararam depois que ele desbloqueou o próprio celular provando que era dele o item.
Como se já não bastasse todo o sofrimento causado pela ação covarde dos fascistas, quando a Polícia Militar (PM) chegou ao local, os militares se recusaram a prestar socorro à vítima e a levar os agressores para a delegacia. Os policiais acusaram Yuri de ter provocado as agressões e disseram para ele que se quisesse, o próprio deveria ir até a delegacia.
Ao chegar no 5º Distrito Policial, em Lagoa Nova, para registrar o boletim de ocorrência (BO) foi novamente orientado por policiais a não registrar o caso. Também não houve identificação dos agressores. Mesmo com a negativa dos policiais, Yuri insistiu e realizou o exame de corpo de delito para registrar as agressões.
Por conta das agressões Yuri ficou com várias marcas de hematomas pelo corpo. Foto: Reprodução