No dia 17 de junho, policiais militares, guardas municipais e seguranças privados agrediram professores grevistas que protestavam na inauguração do Centro de Imagens e Especialidades de São Gonçalo (CIESG), na região metropolitana do Rio. Os policiais formaram um cordão ao redor dos professores, os agrediram com pauladas, tomaram seu megafone e feriram ao menos um professor, que teve de ir ao hospital. A manifestação ocorreu quando completou-se um mês de greve no estado. 5i4hr
O governador do estado do Rio, o reacionário Cláudio Castro (PL), previsto para estar no evento, não compareceu, acovardado diante do protesto dos professores estaduais e municipais. Os professores estaduais do Rio de Janeiro recebem os piores salários do Brasil. A situação dos servidores como merendeiras, porteiros e outros trabalhadores nas escolas é ainda pior, ganham entre R$ 200 e R$ 400 de salário. Nas prefeituras, como dos municípios de Caxias e São Gonçalo, a situação dos professores não é nem um pouco melhor.
Grande greve combativa 6m1141
Na mesma semana, no dia 14/06, professores em Niterói já haviam realizado uma grande manifestação para protestar contra a aparição eleitoreira do governador na inauguração de um hospital no município. Eles exclamaram: “O estado mais rico do Brasil paga o menor salário! Safado! Caloteiro!” contra o governador.
Na capital, Rio de Janeiro, os professores tomaram a Secretaria Estadual de Educação (Seeduc), sob as palavras de ordem Ir ao combate sem temer, ousar lutar, ousar vencer!, enfrentando a repressão policial que sacou pistolas contra os trabalhadores e atirou para cima. Além disso, bloquearam a principal via da cidade, a Av. Presidente Vargas.
Nos municípios de Caxias e Macaé, os professores municipais realizaram manifestações e ocuparam as prefeituras.
Governo se desespera 5a4d70
As agressões policiais contra professores em São Gonçalo, ameaças com arma de fogo e barras de ferro na tomada da Seeduc na capital, e a campanha de difamação contra os professores promovida pela prefeitura Caxias, que alugou horário nas rádios de todo o estado para criminalizar a greve, demonstram o desespero da reação contra a greve dos professores estaduais e municipais do RJ, que a cada o mantém a combatividade para garantir direitos e não migalhas.
Enquanto o estado do Rio de Janeiro, que tem o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, alega estar quebrado e não ter dinheiro para pagar salários dignos aos professores, sobram as denúncias costumeiras de corrupção no estado do Rio, atualmente, em esquemas de cabide de emprego do governador Cláudio Castro, envolvendo milhões de reais, entre outras.
Nesse cenário cínico em que estados e prefeituras têm dinheiro para tudo, menos para salários dignos aos trabalhadores, é apenas a organização e combatividade, já empregada nas mobilizações fluminenses, que garantirá os direitos dos professores.