RJ: Forças da repressão decidem acabar com festa e atacam foliões 182u44

RJ: Forças da repressão decidem acabar com festa e atacam foliões 182u44

Policiais militares atacaram mais de 300 mil foliões que se divertiam na praia de Copacabana com bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo, no dia 12 de janeiro. O ataque ocorreu uma hora depois do fim do “bloco da favorita”, no início do carnaval carioca. Os foliões, revoltados, revidaram a agressão na avenida Atlântica, na altura do Copacabana Palace. 1c3t6b

Os foliões revidaram lançando objetos contra os policiais e contra as vidraças de hotéis bilionários da região. Ambulantes, que trabalhavam no local e foram agredidos pelos militares e pelos guardas, também revidaram arremessando contra eles garrafas e pedras. Até fezes humanas foram jogadas contra os agressores da Polícia Militar (PM) e da Guarda. Os trabalhadores e jovens que reagiram ao ataque chegaram a destruir cinco carros da Guarda Municipal.

Segundo a Guarda Municipal, o objetivo do ataque foi “dispersar a multidão” e acusou trabalhadores ambulantes de começar a confusão. As testemunhas, no entanto, desmentem a versão oficial. O tumulto, que começou cerca de uma hora após o término do show, se estendeu até o Leme e imediações do túnel Novo e do Rio Sul, em Botafogo.

“Policiais/guardas jogaram bomba em meio à multidão, multidão na qual continha jovens, crianças, recém-nascidos e etc. sem nenhum motivo. Eles resolveram acabar com a festa, apenas”, afirmou uma pessoa na internet.

Iago gomes, de 24 anos, estava junto com um grupo de 12 pessoas na praia, perto do palco, quando a confusão começou. Duas mulheres do grupo estão grávidas e, no desespero, foram obrigadas a pular uma grade de ferro. “A gente só ouviu as bombas e viu a correria, não tinha para onde ir. Pensamos nas grávidas e decidimos pular, foi tudo muito rápido”, conta o rapaz.

ATITUDE DITATORIAL IMPÕE TOQUE DE RECOLHER DURANTE DIVERSÕES

Essa não é a primeira vez que ocorre ações arbitrárias dos órgãos repressivos contra o povo durante celebrações e festas. Ao contrário, é uma atitude rotineira.

Em 24 de novembro de 2019, por exemplo, policiais atacaram uma multidão de dezenas de milhares de pessoas que acompanhavam a delegação do Flamengo, em comemoração pelo título da Libertadores. Na ocasião, 23 pessoas foram levadas para atendimento médico.

Os ataques dos policiais a guardas se iniciaram na parte final da festa, quando o trio elétrico que levava o time pela avenida presidente Vargas deixou a avenida rumo a rua do Santana, alterando o trajeto anunciado inicialmente, que iria até o monumento de Zumbi dos Palmares.

Manifestantes são atacados em abertura de carnaval no Rio de Janeiro. Foto: Banco de dados AND

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