Um protesto realizado por 250 famílias, no dia 22 de janeiro, fechou a RJ-158, que liga Campos dos Goytacazes a São Fidélis, cidades do norte do estado do Rio de Janeiro. Os manifestantes são moradores e ex-funcionários da Usina Santa Cruz, no bairro Santa Cruz, em Campos dos Goytacazes. Eles lutam contra o leilão do terreno da antiga açucareira, que está marcado para o dia 4 de fevereiro. 41506n
Os protestantes levaram faixas e cartazes contra a realização do leilão e contra a Prefeitura de Campos dos Goytacazes, que segundo os moradores, emitiu em 2012 um decreto para a desapropriação das casas e o ree dos valores para os moradores da usina.
Segundo Kátia Vieira, uma das moradoras do local, ela e os demais moradores não receberam uma notificação prévia da desocupação das casas. Ainda segundo a moradora, somente no dia 21 de janeiro, que o local foi medido, faixas foram coladas e informações sobre o leilão da usina foram entregues aos moradores.
A moradora ainda diz que os moradores e ex-funcionários da empresa, não tem para onde ir e que até hoje a direção da usina não pagou sequer a rescisão do contrato de trabalho aos antigos funcionários.
“A grande maioria que mora aqui é ex-funcionário da usina que sequer receberam seus direitos trabalhista quando a usina fechou. Agora querem leiloar a usina, mas e o nosso dinheiro? Se eu recebesse o que me devem, já tinha comprado uma casa pra mim, mas preciso receber pelo que trabalhei” relatou Esmael Serpa, de 49 anos, ele é ex-funcionário da Usina. O homem ainda disse que a usina deixou de pagá-lo direitos trabalhistas e que os valores ultraam R$ 100 mil reais.
A moradora ainda diz que os moradores e ex-funcionários da empresa, não tem para onde ir e que até hoje a direção da usina não pagou sequer a rescisão do contrato de trabalho aos antigos funcionários.
O leilão faz parte do processo de recuperação judicial da Companhia Brasileira de Açúcar e Álcool (CBAA), que foi proprietária da usina.
A antiga usina de cana de açúcar está desativada a mais de 10 anos e a maioria das pessoas que residem no local são familiares de antigos funcionários da empresa. O local é ocupado pelos familiares desde 1940.
Moradores lutam contra leilão de usina desativada. Foto: Campos 24horas