Na última terça-feira (03/06), a Câmara do Rio aprovou o projeto de lei que muda o nome da Guarda Municipal para Força de Segurança Municipal e cria uma divisão especial equipada com armas de fogo, a Força de Segurança Armada. O projeto propõe que a nova força sirva de auxílio à Polícia Civil e Militar, oferecendo grandes riscos ao povo pobre que é vítima constante da violência policial. 4p3d55
Com 33 votos a favor, 14 contra e 1 abstenção, o PL foi aprovado na primeira discussão, porém ainda precisa ar por nova votação no plenário para ser aplicado. Apesar de não haver previsões para essa segunda discussão, o reacionário Eduardo Paes (PSD) já publicou nesta quarta-feira (04/06) o edital de seleção para a divisão armada, demonstrando seu entusiasmo com a proposta.
O PL se apresenta como mais uma medida impopular do governo municipal, já que, em setembro de 2024, a Quaest mostrou uma desaprovação de 57% por parte dos moradores da cidade ao armamento da GM.
A aplicação deste projeto caminha para uma acentuação na violência contra as massas trabalhadoras, principalmente contra os camelôs e ambulantes, vítimas frequentes da violência da Guarda Municipal. No dia 13 de maio, o artesão Julián Andrés López teve seu material apreendido e foi detido pelos agentes, que agiram com truculência contra ele e sua namorada grávida. Outro caso de violência aconteceu no dia 11 de abril, quando guardas municipais entraram em conflito com ambulantes no Largo do Carioca, um ambulante foi espancado após cair no chão.
Essas situações de violência contra os trabalhadores informais não se tratam de casos isolados, mas de uma prática de constante repressão com objetivo de “higienizar” o Rio de Janeiro empurrando milhares de massas trabalhadoras à miséria.