RJ: Profissionais da Educação protestam por melhores condições de trabalho 1g1h3

Uma das reivindicações dos profissionais é a do salário equiparação com o piso salarial nacional.
Professores condenaram governo de Claudio Castro durante protesto. Foto: AND

RJ: Profissionais da Educação protestam por melhores condições de trabalho 1g1h3

Uma das reivindicações dos profissionais é a do salário equiparação com o piso salarial nacional.

Cerca de 100 trabalhadores da Educação, na ativa e aposentados, reuniram-se nesta quarta-feira (04/06), na zona sul do Rio de Janeiro (RJ), em protesto contra o sucateamento da Educação por parte do governo reacionário de Cláudio Castro (PL). Os manifestantes concentraram-se a partir das 9h da manhã no Largo do Machado e, após algumas horas, saíram em eata pela Rua das Laranjeiras até o Palácio Guanabara, sede do governo estadual, onde penduraram um boneco de Cláudio Castro de cabeça para baixo. 34556u

Durante o trajeto, duas pistas foram fechadas pelos trabalhadores, que entoavam palavras de ordem como “Trabalhador, olha pra cá, eu tô na rua pro seu filho estudar”, “Ô Cláudio Castro, seu caloteiro, pior salário é do Rio de Janeiro” e “Ô Cláudio Castro, seu fascistinha, a Educação vai botar você na linha”.

Uma das reivindicações dos profissionais é a do salário equiparação com o piso salarial nacional. A lei do piso salarial dos professores (Lei nº 11.738/2008) estabeleceu o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) para os professores da educação básica, correspondente em 2025 a R$ 4.867,77. Apesar dessa lei já existir há 17 anos, os governos de turno têm mostrado seu descaso com a Educação, já que no estado do Rio de Janeiro os profissionais recém-ingressados na carreira do magistério vêm recebendo em torno de R$ 1.800.

Parte dos professores condenou o imobilismo de determinados setores. Foto: AND

O recente estudo do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ) junto ao Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostrou que, para os salários dos trabalhadores da Educação recuperarem o poder de compra do ano de 2014, seria necessário um reajuste de 53,25% – segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – ou 53,55% – segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Contudo, o reajuste salarial nesse período de 11 anos foi de apenas 19,72%, muito abaixo da inflação.

Nas intervenções durante a manifestação, os trabalhadores denunciaram a precarização cada vez maior das escolas públicas, como com o entupimento a matriz curricular com disciplinas eletivas vazias para, através delas, realizarem mais parcerias público-privadas (PPP). Os aposentados, por sua vez, saíram em defesa do Rioprevidência, órgão previdenciário estadual responsável pelos servidores, e demonstraram preocupação com o mau uso do dinheiro do fundo, que investiu R$ 1 bilhão em letras financeiras do Banco Master, que está em processo de venda para o Banco de Brasília (BRB). O montante da falcatrua corresponde a aproximadamente 10% do patrimônio do fundo de pensão dos servidores fluminenses.

Faixa estendida em protesto. Foto: AND

A categoria também denunciou as péssimas condições de trabalho, que têm assolado os trabalhadores com doenças físicas e mentais, seja pela falta de climatização nas escolas, seja pela escassez de profissionais. Recentemente, o professor Douglas Santos do Colégio Estadual Brigadeiro Schorcht, na Taquara, faleceu dentro da sala de professores. Uma professora da rede estadual do Paraná, Silvaneide Monteiro, também faleceu durante o seu expediente após sofrer um infarto, escancarando que as péssimas condições de trabalho dos profissionais da Educação não são diferentes nos outros estados do Brasil.

Os manifestantes finalizaram o protesto prometendo mais mobilizações como greves, piquetes e paralisações até arrancar do velho Estado as reivindicações pelas quais a categoria vem lutando.

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