Os preços da gasolina e do diesel vão subir nos próximos meses por conta do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e da pressão de cartéis econômicos para equiparar o preço do combustível brasileiro com os preços internacionais. 6c125x
A alta do ICMS, definida por representantes dos governos dos 26 estados brasileiros, será de R$ 0,10 por litro para a gasolina e o etanol e de R$ 0,06 para o litro do diesel e biodiesel. O preço do diesel vai sofrer um aumento pelo ICMS e um para ficar equiparado com o preço internacional. O aumento dos preços da gasolina e do etanol será calculado somente pelo imposto.
A equiparação aos preços internacionais é uma estratégia dos bilionários do mercado das refinarias, distribuidores e revendedores. O cartel Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis está há meses chantageando a diretoria da Petrobras a aumentar o preço dos combustíveis. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo, José Alberto Gouveia, chegou ao cúmulo de falar que a Petrobras correria o risco de quebrar caso não aumentasse o preço dos combustíveis, comparando a situação com a do governo Dilma.
O verdadeiro prejuízo da empresa não é com os combustíveis cobrados abaixo do preço internacional, como comprova o lucro de R$53,65 bilhões em 2024, e sim com os acionistas sanguessugas. A Petrobras é uma das petrolíferas que paga os dividendos mais altos do mundo: em 2024, ela pagou R$ 64,2 bilhões aos acionistas, um valor acima do lucro geral da empresa, conforme denunciou a Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet). Mesmo assim, os oligarcas seguem em busca do lucro máximo.
A presidente da Petrobras indicada por Luiz Inácio (PT), Magda Chambriard, prometeu reajustar o preço do diesel para equiparar aos preços internacionais. Uma capitulação aos cartéis.
Alimentos mais caros 424xf
Para que os bilionários tenham mais lucro com a venda do combustível, o povo vai ter que diminuir a quantidade de alimentos consumidos, uma vez que a alta nos combustíveis vai levar à inflação nos itens de alimentação.
Isso ocorre porque, como os alimentos são transportados principalmente por caminhões, o frete fica mais caro, e esse custo extra é reado ao produto final, afetando o bolso do consumidor.
A alta tende a ser generalizada: fruta, legumes e carnes, por exemplo, vão aumentar, segundo várias previsões econômicas.
É um problema que tem como base a falta de um sistema ferroviário integrado no Brasil, expressão do caráter semicolonial do País. O governo Luiz Inácio (PT) até planeja novas ferrovias no País, como a Ferrogrão, mas elas serão usadas principalmente para o transporte de soja vendida por latifundiários.
Como resultado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) vai aumentar. Todo esse conjunto deve piorar a aprovação do governo de Luiz Inácio, que caiu abaixo da reprovação pela primeira vez em janeiro.