Rodrigo, marido de Vanderleia, ficou inconsciente após agressões do Choque. Foto: Reprodução 3570j
Na noite do dia 20 de agosto (sábado), vários policiais do Choque armados de fuzis chegaram na rua Vereador Manoel de Oliveira Branco no bairro Vila Marizia e interromperam um churrasco de família, iniciando agressões contra os moradores presentes e seus filhos pequenos: golpes, pancadas e spray de pimenta. Vanderleia Alceu Rodrigues e seu marido Rodrigo ficaram inconscientes após as agressões e foram acudidos pelos outros moradores. Uma ambulância foi chamada mas não chegou ao local, obrigando os próprios moradores a transportarem de carro Rodrigo, que chegou inconsciente na UPA (Jardim do Sol) mais próxima.
#Nacional | No dia 20/08, policiais do choque armados de fuzis interromperam um churrasco de família no bairro Vila Marizia, iniciando agressões contra os moradores presentes e seus filhos pequenos: golpes, pancadas e spray de pimenta.
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— A Nova Democracia (@jornaland) August 22, 2022
TERRORISMO POLICIAL PREVALECE EM LONDRINA
Como já noticiado pelo jornal AND, a população de Londrina vem sendo vítima de extermínio policial sistemático, sempre sobre a justificativa pelos órgãos de repressão de supostos “confrontos” sem provas a não ser o de sempre: o suposto “kit” de forja de flagrante costumeiro (um revólver .38 velho e drogas), que a população da região tão bem conhece.
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Esse clima de extermínio e morte agora é cada vez mais acompanhado da tática de instituição do terror por parte da polícia militar. Acontecem incontáveis casos de ameaças a moradores que tiveram amigos e familiares assassinados pela polícia como forma de dissuasão, para evitar que estes busquem justiça e divulguem os assassinatos. Policiais vão até a casa de moradores e os intimidam, ameaçam, buscando fazer que se calem.
Nessa noite de sábado não fora diferente. “Em mulher eu gosto de bater”, disse o policial segundo Vanderleia, moradora agredida. Os policiais foram ouvidos falando de Caio Dias Neto, homem assassinado pela polícia e de quem os moradores agredidos eram vizinhos. Tudo leva a crer que o objetivo da polícia era aplicar o terror e o medo contra a população em geral e em particular contra os familiares de Caio, vizinhos de onde ocorreu a situação. Ao serem avisados que estariam sendo filmados por câmeras instaladas nas casas dos moradores, a choque bateu em retirada. Apesar das afrontas e intimidações os moradores continuam firmes em denunciar e buscar justiça pelos assassinatos.
Terrorismo do Velho Estado contra população é política praticada nacionalmente
Ao contrário de ser caso isolado, o fato relatado é uma política sistemática das forças de repressão do Velho Estado. Sob os mais diversos pretextos, tais forças aplicam uma verdadeira guerra contra o povo em todo país: das grandes metrópoles aos mais longínquos rincões do campo. São chacinas, execuções, torturas e crimes que se perpetuam dia após dia pelos supostos “agentes da lei”, mão armada do pomposamente chamado “Estado Democrático de Direito”, perpetrados contra o próprio povo que dizem proteger. Tudo isso ocorre com o incentivo do atual governo militar genocida de Bolsonaro, seus generais e a corja pútrida que ocupa o congresso, senado e câmaras nacionais. Todos a serviço de um forma ou de outra dos parasitas que chupam o sangue do nosso povo: imperialismo, grande burguesia e latifúndio em nosso país, reinantes em qualquer ocasião.
Em tempos de realização das chamadas “eleições democráticas” nas quais vivemos, na realidade tempos nos quais ocorrem a adequadamente denominada Farsa Eleitoral, o circo eleitoral em nosso país, fatos como esses devem deixar patente e marcar bem claro na cabeça de todos como atua a espinha dorsal deste tal “Estado Democrático de Direito”, que é sua força militar-policial. É preciso remarcar e repisar a seguinte verdade: a chamada “democracia”, jamais existiu para o povo em nosso país, antes que venha a ser defendida e brandida contra o fascismo e o regime militar abertos defendidos e incentivados por Bolsonaro. Sempre foi morta, soterrada em corpos e afogada no sangue do povo, como é remarcado diariamente como fatos como esse.