PR: Até quinze homens podem ter participado de estupro que resultou na morte de indígena no Paraná 564q6r

Polícia afirma que ex-marido é o único suspeito, mas a comunidade sustenta que foi um estupro coletivo, e que esse não é um caso isolado na região.
TI Rio das Cobras. Foto: Meu Paraná

PR: Até quinze homens podem ter participado de estupro que resultou na morte de indígena no Paraná 564q6r

Polícia afirma que ex-marido é o único suspeito, mas a comunidade sustenta que foi um estupro coletivo, e que esse não é um caso isolado na região.

Elza Niga Luiz, indígena kaingang de 22 anos, morreu no hospital, nesta segunda, 23,  após denunciar ter sido estuprada por 15 homens em Nova Laranjeiras, cidade próxima à Terra Indígena Rio das Cobras, Centro-Sul do Paraná, a 328 km de Curitiba. A jovem foi socorrida perto da BR-277 e encaminhada ao hospital de Guarapuava. Moradores da comunidade confirmam o fato. A Associação das Mulheres Indígenas Organizadas em Rede (Amior) afirma que não se trata de um fato isolado na região. 484z3u

Um suspeito foi preso na última quinta feira (26); trata-se do ex-marido da vítima. O delegado encarregado contradiz a comunidade e afirma que não se tratou de um estupro coletivo.

Em nota, a Amior destaca o papel de dominação que a violência contra a mulher representa, “A violência de gênero, em todas as suas formas, é um projeto de dominação que atravessa fronteiras culturais, e deve ser combatida com firmeza. Não podemos permitir que tais atrocidades sejam silenciadas ou tratadas com indiferença. As vidas de nossas mulheres indígenas são sagradas.”

Rio das Cobras é a maior Terra Indígena do Paraná, com 19 mil hectares. Localiza-se nos municípios de Nova Laranjeiras e Espigão Alto do Iguaçu. A Polícia Civil de Laranjeiras do Sul afirma que casos de estupro não são raros na região, embora nem sempre cheguem ao conhecimento da Polícia. Em 2022, uma mulher indígena de 19 anos foi estuprada e morta na aldeia de Ivaí por dois adolescentes. Em 2024, o Brasil de Fato Paraná publicou uma reportagem expondo que o número de feminicídios de mulheres indígenas aumentou 500% entre 2003 e 2022.

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