AO POVO EM FORMA DE ARTE ESPECIAL #4 – POEMAS REVOLUCIONÁRIOS PERUANOS 1j4y3r

AO POVO EM FORMA DE ARTE ESPECIAL #4 – POEMAS REVOLUCIONÁRIOS PERUANOS 1j4y3r

O Ao Povo em Forma de Arte de hoje tratará sobre poetas e combatentes do Exército Guerrilheiro Popular dirigido pelo Partido Comunista do Peru (P), mais especificamente sobre José Valdivia Domí (Jovaldo) e Edith Lagos Sáez, militantes históricos do P e heróis do proletariado peruano. 1x4r5m

JATUNSE PUKA NINA ACCHIN

(Enorme chama vermelha ilumina) 

(1984)

Poema de Jovaldo, martirizado nas luminosas trincheiras de combate de Frontón

Fogem as sombras, os tigres 

se espantam

as bestas não contêm

o fogo a irromper;

se abrem os céus

com hinos

triunfais

cem mil vendavais

se escutam rugir.

Como uma estrela radiante

e formosa

luzindo preciosa

refulge feliz;

a enorme chama

de chullos¹

vestida;

a escuridão rompendo

em todo o país.

Já pela terra

triunfante na guerra

com fúria se impõe

sua espada a brandir;

os monstros de espuma

se afogam

em pranto

se quebram de espanto

ao verem-se ruir.

Como uma estrela radiante

e formosa

luzindo preciosa

refulge feliz;

a enorme chama

de chullos

vestida;

a escuridão rompendo

em todo o país.

¹chullo: gorro tradicional peruano.

O REDEMOINHO ROMPEU A CALMA – Edith Lagos (1982)

Do alto de uma montanha

Ao lado de uma inerte pedra

Ao aroma das ervas silvestres

pergunto:

Quando falta para que o rio

Aumente seu caudal?

Para que tormentosamente arrase

Este cruel presente.

Para o sul avisto os largos caminhos

E nas pampas se notam os redemoinhos

Pergunto aos redemoinhos:

Porque se dirigem ao sul?

Que querem arrasar?

A iniquidade do ado 

Lá alojada.

Retoma o caminho curvilíneo, ziguezagueante se dirige lá

Onde a calma já é tormenta

Onde a tormenta já não quer ser calma

Pedra inerte, há muito pedra, há muito inerte.

Sei que o caminho, o rio

A pampa e o redemoinho

Moveu seus guardados sentimentos.

Não querias subir a montanha

Para ver os pampas, o caminho, o rio

E o redemoinho.

Porém a inércia ficou para trás

Incendiados estão teus sentimentos.

Erva silvestre, aroma puro

Te rogo acompanhar-me em meu caminho

Será meu bálsamo em minha tragédia

Será meu alento em minha glória.

Será minha amiga

Quando crescer

Sobre minha tumba.

Lá: que a montanha me abrigue

que o rio me conteste

A pampa arda,

O redemoinho volte, o caminho descanse

E a pedra?…

A pedra lápide eterna será nela

Gravada,

“Tudo permanecerá”.

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