Execuções e toque de recolher: PM leva terror ao Extremo Leste de SP

PMs frequentemente am pelos bairros em veículos de guerra e já executaram duas pessoas.

Execuções e toque de recolher: PM leva terror ao Extremo Leste de SP

PMs frequentemente am pelos bairros em veículos de guerra e já executaram duas pessoas.

Nos últimos dias, moradores dos bairros do extremo leste da capital paulista enfrentaram horas de terror, sob toque de recolher e ameaça de chacina pela Polícia Militar (PM). Os policiais frequentemente am pelos bairros em veículos de guerra e já executaram duas pessoas.

Os policiais aumentaram o nível de operações por vingança depois que um cabo foi atingido por um tiro de raspão na cabeça no dia 7 de maio. 

Governo do Rio e STF articulam novas ocupações militares em favelas  – A Nova Democracia
Se for adiante, o programa vai repetir a estratégia sanguinária implementada no RJ a partir de 2008 com as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). As operações para instalação das UPPs e as ocupações das favelas foram marcadas por assassinatos, execuções, torturas e outras violações contra os moradores das favelas
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No mesmo dia, blindados do batalhão de choque começaram a circular nas ruas. Os moradores da favela aram a conviver com motos, helicópteros e blindados da PM cotidianamente e alguns relataram que os policiais atiravam para o alto para assustar os transeuntes. 

No mesmo dia, PMs executaram um jovem no bairro do Colorado. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) descreveu a vítima como criminoso, mas a informação foi contestada pelo povo. 

Segundo os relatos que circulam nos grupos de mensagens de moradores, as operações afetaram todos os bairros de São Miguel até a Cidade Tiradentes.

Um trabalhador foi assassinado na Vila Jacuí por policiais que avam de moto e atiraram de imediato. Na Vila Chuca, próximo a Itaquera, um outro homem teve sua orelha cortada por um disparo. Amigos que viram a cena filmaram o ferimento e denunciaram a ação da PM.

Na noite de quinta, as ruas ficaram desertas, pois corria a informação de que havia um toque de recolher a partir das 22h00 e a PM prometia uma chacina como forma de punição coletiva pelo alvejamento da viatura. A esse horário, muitos trabalhadores ainda saíam e retornavam do trabalho e relataram nas redes sociais o medo de se tornarem vítimas das abordagens truculentas e potencialmente fatais da polícia.

O cenário de tortura psicológica, execuções e toque de recolher foi duramente rechaçado pelo povo. Entre os dias 08/05 e 09/05, as massas fecharam ruas com barricadas em chamas para denunciar a violação de direitos. A PM reprimiu duramente o protesto, o que só fez com que a revolta do povo aumentasse. “Tem que botar fogo é no carro da Rota”, disse uma moradora, em referência ao batalhão de assassinos Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar.

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