Tarcísio de Freitas
Governo pretende arrecadar 500 bilhões com 25 leilões. População realizou protesto na última segunda-feira, 04, que acabou em confronto com a PM.
Governador bolsonarista Claudio Castro é responsável imediato das chacinas, mas governo federal é patrocinador oculto.
O pronunciamento é, ao mesmo tempo, sintoma e catalisador da crise política. Expressa a divisão nas classes dominantes e fomente ainda mais a fissura.
Com o recente histórico de Tarcísio em relação a chacinas policiais e benefícios aos coronéis linha dura da PM-SP, não é surpresa que o governador paulista encante PMs de outros estados brasileiros.
Não há dúvidas de que as massas populares devem arrancar seus direitos pela força de sua mobilização. A espera iva pelos prometidos “decretos”, “medidas” e “reformas” de governos resulta sempre em não haver nenhuma mudança, e no fortalecimento, pela frustração, da extrema-direita no seio das massas empobrecidas.
Enquanto as universidades públicas terão uma diminuição avassaladora em seu orçamento, as universidades privadas terão um desconto de aproximadamente 60% no pagamento dos impostos.
No dia 17/04, foi aprovado na Câmara Municipal de São Paulo, em uma primeira votação, o Projeto de Lei (PL) que trata da privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A votação se encerrou com a aprovação do PL por 36 votos favoráveis e 18 contrários.
Governo de SP não encerrará política genocida, mas intensificação dos protestos populares já existentes se destaca como caminho para derrotar os planos reacionários do governo paulista.
Na tentativa de ganhar o espólio eleitoral de Bolsonaro, inelegível, o governador Tarcísio tem se esforçado. Hoje, ele respondeu críticas à PM, que já vitimou 63 pessoas na Baixada Santista: “Pode ir para a ONU, para a Liga da Justiça, no raio que o parta, eu não tô nem aí”.
A maioria dos novos indicados são da “linha dura” da PM, mais próximos do bolsonarismo e da extrema-direita em geral. É um indicativo de que Tarcísio busca aprofundar a repressão e os crimes contra o povo.