PE: Importante figura na luta sindical das trabalhadoras domésticas, Luiza Batista morre aos 68 anos 14674a

Nascida em 1956 em São Lourenço da Mata, Pernambuco, Luiza Batista começou seu trabalho como doméstica ainda aos 9 anos de idade, realidade infelizmente comum no Brasil. Orfã quando criança de seu pai, um cortador de cana, Luiza esteve em situação de rua antes de começar a trabalhar.
Foto: Correspondente local.

PE: Importante figura na luta sindical das trabalhadoras domésticas, Luiza Batista morre aos 68 anos 14674a

Nascida em 1956 em São Lourenço da Mata, Pernambuco, Luiza Batista começou seu trabalho como doméstica ainda aos 9 anos de idade, realidade infelizmente comum no Brasil. Orfã quando criança de seu pai, um cortador de cana, Luiza esteve em situação de rua antes de começar a trabalhar.

Após muita luta contra o câncer, doença que não a impedia de continuar atuando no movimento sindical, Luiza Batista Pereira faleceu no dia primeiro de março aos 68 anos. Luiza foi coordenadora geral da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), presidenta do Conselho Nacional dos Trabalhadores Domésticos (CNTD), participou na luta por moradia e foi presidenta do Sindicato das Domésticas de Pernambuco (SINDOMÉSTICA/PE). A sindicalista foi uma figura importantíssima na luta pela regulamentação da categoria das trabalhadoras domésticas e contra o trabalho análogo à escravidão. 4f255c

Nascida em 1956 em São Lourenço da Mata, Pernambuco, Luiza Batista começou seu trabalho como doméstica ainda aos 9 anos de idade, realidade infelizmente comum no Brasil. Orfã quando criança de seu pai, um cortador de cana, Luiza esteve em situação de rua antes de começar a trabalhar.

Luiza participou da luta por moradia nos anos 80, feito que resultou na criação do bairro arinho, na Zona Norte do Recife. Nos anos 2000, teve contato com a luta pelo direito das domésticas e, já em 2009, era presidenta da SINDOMÉSTICA/PE, cargo que exerceu por dois mandatos, totalizando 9 anos. No âmbito nacional, Luiza Batista foi escolhida como presidenta da Fenatrad em 2016.

A vida de Luiza perou a luta por direitos das trabalhadoras domésticas, categoria essa formada majoritariamente por mulheres (92%), em sua maioria pretas (65%). Esse recorte corrobora com o fato de que as trabalhadoras domésticas até recentemente não eram vistas como trabalhadoras, e ainda hoje são uma das profissões mais precarizadas, como a própria Luiza presenciou em vida, que trabalhou jornadas exaustivas em troca de moradia e comida. Sua perda causou um grande pesar nas organizações pelas quais ou e com as quais colaborou nesses anos de luta, as quais destacaram e elevaram sua imensa contribuição no avanço dos direitos ao trabalho com dignidade e remuneração justa.

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