PB: Motoristas de aplicativo conquistam vitórias após greve 106rv

Motoristas conquistaram retirada de "sub-praça" da cidade. Foto: Banco de Dados AND
Motoristas conquistaram retirada de "sub-praça" da cidade. Foto: Banco de Dados AND
Motoristas conquistaram retirada de "sub-praça" da cidade. Foto: Banco de Dados AND

PB: Motoristas de aplicativo conquistam vitórias após greve 106rv

No mês março, mais de 350 entregadores de aplicativo realizaram uma greve massiva na cidade de Campina Grande (PB) contra a precarização e terceirização do trabalho. A mobilização, iniciada no dia 17/03, durou 12 dias e contou com a realização de protestos em frente a um grande restaurante da cidade. 4f181q

A greve foi iniciada após a implementação de uma “sub-praça” na cidade, sistema que favorece as empresas terceirizadas (operadores logísticos) que prestam serviço para o Ifood com uma carga maior de entregas para fazer. Após a mobilização, os trabalhadores conseguiram a retirada da sub-praça da cidade. Os motoristas prometem realizar uma nova greve caso o favorecimento dos chamados “operadores logísticos” seja resolvido. 

Os OLs e a precarização do trabalho c4j65

Durante a mobilização, os trabalhadores denunciaram a precarização do trabalho por meio da implementação do modelo de adesão “Operador Logístico” (OL). Segundo os motoristas, o Ifood possui dois modelos de adesão para entregadores e entregadoras: o Nuvem e o OL. Na modalidade Nuvem, os trabalhadores são cadastrados diretamente no aplicativo e trabalham sem vínculo empregatício com a empresa, apesar de ficarem sujeitos às diversas penalizações que a plataforma impõe. 

Já na modalidade OL, a precarização se intensifica: nela, um local, o chamado “OL”, se encarrega de istrar a dinâmica de trabalho dos entregadores, determinando locais e horários de trabalho. A empresa terceirizada pode ainda limitar o número de funcionários a uma quantidade mínima, aumentando a exploração dos trabalhadores. 

Segundo os motoristas, essas empresas ficam responsáveis por fazerem entregas nas melhores áreas da cidade para o trabalho. Esse favorecimento é dado tanto por um modelo de concorrência desleal entre os trabalhadores Nuvem pelas entregas quanto pelo bloqueio arbitrário do recebimento de entregas pelos trabalhadores Nuvem em algumas regiões da cidade.

Atualmente, só existe uma empresa OL em Campina Grande, cinco a menos que em 2019. Segundo depoimento de uma das lideranças do movimento dos entregadores da cidade, antes da greve os poucos motoristas da cidade que trabalham para a empresa recebem uma carga maior de pedidos do que as centenas de outros trabalhadores Nuvem por conta do sistema de favorecimento do aplicativo às empresas OL. 

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