Invasão Zero
Enquanto os 26 camponeses sofriam na prisão, vários policiais militares continuaram no acampamento e, antes de destruírem as casas das famílias, obrigaram as mulheres camponesas a cozinhar para os militares. 
Mulheres grávidas e com bebês estão na mira de pistoleiros, latifundiários e policiais, segundo denúncias enviadas ao AND.
Segundo a denúncia, os pistoleiros chegaram escondidos, talvez para não se confrontarem com a resistência camponesa que lá se desenvolve, na madrugada dos dias 19/03 e 20/03, e então atearam fogo na plantação dos posseiros.
Segundo os relatos, os camponeses entraram em confronto com as forças latifundiárias e conseguiram repelir o ataque. Os camponeses informam que há a possibilidade de que um novo ataque seja realizado no dia 02/04 com um número de pistoleiros ainda maior. 
Braço de camponês foi quebrado por latifundiário. Foto: Reprodução
A operação policial faz parte de uma série de ataques feitos pelas forças de repressão do velho Estado em conjunto com os pistoleiros, ambos a mando do latifúndio local, aos povos Pataxó e Pataxó Hã-hã-hãe. 
Em meio a ataques de grupos de latifundiários contra indígenas e camponeses na Bahia (BA), a Polícia Civil e a Polícia Militar do estado deflagraram uma operação contra indígenas que lutam em defesa de suas terras. 
Ou os camponeses, indígenas e quilombolas organizam sua autodefesa, ou serão exterminados pelos bandos paramilitares bolsonaristas a soldo do latifúndio “agronegócio”.
É preciso polarizar, na disputa política e na consciência das massas, a verdadeira contradição principal na esfera política: a luta revolucionária pela terra, por um lado, e os grupos paramilitares armados pelo latifúndio e pelo bolsonarismo