Manifestantes organizados pela Coalizão de Solidariedade Palestina da Columbia (CSPC) conquistaram o bloqueio temporário da deportação do jovem palestino residente nos EUA Mahmoud Khalil. O jovem, que desempenhou destacado papel nos acampamentos universitários contrarios ao genocídio israelense em Gaza e em defesa da resistência palestina no ano ado, foi preso no último sábado (8/3) pelo Departamento de Segurança Interna dos EUA. O caso ocorreu após o presidente ianque Donald Trump prometer perseguir os estudantes envolvidos em manifestações pró-Palestina ou contrárias ao seu governo. 641923
Khalil foi preso nesta segunda-feira por policiais ianques à paisana enquanto saía de sua residência junto à sua esposa, grávida de 8 meses. Os agentes, que teriam se recusado a se identificar, chegaram a ameaçá-la de prisão caso ela permanecesse ao lado do marido.
Segundo relatos, a esposa teria apresentado o Green Card do marido, documento esse que comprova a residência permanente no território norte-americano. Após aparentar confusão, os agentes afirmaram que o documento foi revogado sem apresentar qualquer prova. Segundo a CSPC, a polícia imigratória atuou sob mando direto da Casa Branca.
Os advogados de Khalil informaram que o jovem foi enviado para uma prisão de imigrantes na Louisiana no intuito de dificultar a defesa e a solicitação de novos recursos.
A organização Judeus pela Justiça Racial e Econômica condenou a prisão de Khalil, afirmando que se trata do início de um processo de violações diretas às liberdades democráticas promovidas pelo governo fascista de Trump/Musk. Nas suas redes sociais, o presidente ianque comemorou a prisão e prometeu expandir sua perseguição a qualquer um que se oponha ao projeto de dominação do imperialismo estadunidense.
A CSPC condenou também a Universidade de Columbia por ter se calado diante das agressões praticadas contra Khalil. Após a prisão, a universidade emitiu uma declaração ambígua, onde defendeu genericamente a liberdade de expressão, enquanto defendia a “aplicação da lei”, sem mencionar o caso.
A direção da Universidade de Columbia atuou ativamente na perseguição de seus estudantes, sem ter apresentado qualquer discordância quanto às brutais repressões policiais que ocorreram no seu campus na ocasião do acampamento em solidariedade à Gaza. Segundo a CSPC, a “contínua aquiescência da Columbia às agências federais e instituições partidárias externas tornou essa situação possível”.