No dia 24 de setembro, aconteceu no Circo Voador, na Lapa, região central do Rio, o evento B.O.C.A. — Brigada Organizada de Cultura Ativista — que reuniu coletivos e grupos da imprensa democrática e popular. Foram cinco horas de evento com oficinas de streaming (transmissão ao vivo pelo celular), projeção, istração de redes sociais, shows de rap, exibição de filme, exposição de fotografias e debates, entre outras atrações. 6a2u2x
Na ocasião, foi lançado o livro Cadê o Amarildo: os novos donos da favela, escrito pelo jornalista de A Nova Democracia, Patrick Granja. A obra é o 4º volume da Coleção Criminologia de Cordel, mais uma publicação da Editora Revan e do Instituto Carioca de Criminologia. O livro reúne textos que denunciam a violência policial nas favelas do Rio de Janeiro publicados no AND entre 2010 e 2015.
Durante o evento, ocorreu a exposição É nós por nós , com fotografias do colaborador do AND, Ellan Lustosa que revelam os bastidores da cobertura da violência policial nas favelas do Rio de Janeiro nos últimos dois anos. O material foi selecionado e tratado pelo próprio fotógrafo, autor de outros importantes trabalhos fotográficos em parceria com o jornal A Nova Democracia, como a recente exposição Retratos da Revolução Agrária.
A B.O.C.A. também reuniu oficinas de comunicação popular, como a oficina de streaming realizada pela Mídia Independente Coletiva (MIC), importante parceira de AND que vem se destacando na cobertura das manifestações e atividades do movimento popular e produzindo filmes e documentários retratando a luta do povo no Rio e em outras regiões do Brasil.
O Coletivo Projetação, outro importante parceiro do jornal que se destacou a partir das jornadas de protestos de junho de 2013 e segue estampando artes de protesto e luta nos prédios e outras estruturas da cidade, ministrou uma oficina de projeção.
Às 20h, foi exibido o filme Cada luto, uma luta, dirigido pelo cineasta Victor Ribeiro, do Grupo Rio 40 Caos, e pela ativista de Manguinhos, Ana Paula Oliveira, que também compõem o quadro de personagens do curta-metragem. O filme mostra como, a partir do assassinato de seu filho pela “Polícia Pacificadora”, Ana Paula se juntou a outras mães que perderam seus filhos e converteu-se em uma incansável ativista contra a violência policial nas favelas da cidade.
A exibição do filme foi seguida de um rico debate com o tema Comunicação Popular e Resistência, que reuniu representantes do Coletivo Papo Reto — grupo de comunicação popular do Complexo do Alemão —, A Nova Democracia e Núcleo Piratininga de Comunicação.
No fim, o melhor do Rap de combate, tomou conta da B.O.C.A. com os grupos das favelas e bairros pobres da cidade, entre eles Us Neguim Q Naum C Kala, Negra Rê, Matilha Rap, DJ Dog, Repper Fiell e Sahell.
Assim foi encerrado esse evento que representou mais um importante o para divulgação do conteúdo e dos métodos utilizados e aprimorados a cada dia pela imprensa democrática e popular e pelos coletivos empenhados em produzir comunicação para as massas e a serviço de suas lutas.