Professores e estudantes contra o desmantelamento da Educação em GO 4x282p

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Professores e estudantes contra o desmantelamento da Educação em GO 4x282p

Assim como acontece no estado de São Paulo, em Goiás o governo do PSDB move ataques buscando desmantelar a educação pública, gratuita e de qualidade. No último caso, o ataque ocorreu de forma ainda mais avançada, já que a intenção é entregar as escolas do estado para a gestão das chamadas “Organizações Sociais” (OS), terceirizando, assim, um serviço que é público, privatizando a educação. A medida tem o objetivo de atacar os direitos dos servidores públicos. O atual governo não esconde o desejo de acabar com a estabilidade destes trabalhadores, podendo, assim, deixar de cumprir com suas responsabilidades para com eles. O governo anunciou que escolas irão ar para a iniciativa privada, aproveitando para decretar a ação no período de férias, evitando qualquer debate e buscando enfraquecer a resistência a tais medidas. Mesmo durante o período letivo, nenhum debate está sendo feito com os principais interessados pelo assunto: professores e estudantes. 2h2g14

A luta em defesa da educação e contra os desmandos do governo Perillo ganhou impulso 395x3j

Ocorre também há algum tempo medidas de fechamentos de escolas importantes de Goiânia, localizadas principalmente no Centro da cidade. Outras sofrem com o esvaziamento depois de terem sido adas para o regime integral, fato que demonstra que estas intenções de terceirização por parte do governo já vêm sendo planejadas há alguns anos, desde que começou o desmantelamento de escolas estratégicas.

O governo tenta fazer na educação o mesmo já aplicado na área da saúde. Já há alguns anos ele implantou Organizações Sociais para istrar os principais hospitais públicos do estado, exemplo este que se mostrou falho, com várias denúncias de precarização desses hospitais. Nas escolas, ele pretende aplicar um modelo adaptado ao do USA, com as charter schools, escolas construídas para as pessoas de baixa renda daquele país. O governo alega que tais alterações trarão melhoras no ensino, porém vários pesquisadores denunciam que, com o controle de gestores privados, a cobrança irá aumentar em cima dos professores para que eles consigam fazer com que o aluno tenha um bom desempenho. Dentro desse modelo, a troca de professores é facilitada, fazendo com que os educadores trabalhem sob uma pressão desgastante, o que, inevitavelmente, irá prejudicar o nível do ensino.

Repressão lança jatos d’água contra manifestantes 4k49j

Além da tentativa de terceirização, o governo também militarizou algumas escolas. Já são 26 unidades escolares do estado que se encontram  sob o controle da Polícia Militar. Em várias delas estudantes foram obrigados a comprar caros uniformes e os que não tinham condições de pagar não puderam continuar em sua escola. O governador Marconi Perillo afirmou em um evento para empresários na Bahia e depois confirmou para a mídia local que o motivo da militarização era castigar professores que entraram em greve em junho deste ano, se referindo aos educadores como militantes de extrema-esquerda e que a militarização seria o remédio para tratá-los. Ele mesmo afirmou que identificou as escolas onde cada professor trabalhava e militarizou uma por uma, não escondendo o tom coronelista, deixando de forma clara que a única motivação exposta foi pessoal.

A população goiana está reagindo contra tais medidas que estão sendo impostas. Além da capital Goiânia, em cidades do interior, como São Luís de Montes Belos, onde estão sendo organizadas ações para demonstrar a resistência dos estudantes, professores e a comunidade em geral contra tais ações autoritárias. Só nessa cidade foi realizada uma manifestação que contou com 1200 pessoas contrárias à militarização do maior colégio do município.

José Carlos de Almeida, a primeira escola ocupada 3g6f5x

Em Goiânia, várias manifestações já foram realizadas no último mês. Em uma delas, em 19/11, as forças de repressão atacaram os manifestantes com um jato d’água, tentando apagar o fogo nos pneus queimados como forma de resistência. No ato seguinte, dia 26/11, nem mesmo a forte chuva com granizo impediu que estudantes secundaristas e professores da rede estadual ocuem a Secretaria de Educação do Estado, fazendo com que a secretária Raquel Teixeira se sentisse obrigada a ir até eles. Os manifestantes criticaram a falta de transparência na realização de tal processo de terceirização colocando a secretária contra a parede. Em 9 de dezembro, a escola José Carlos de Almeida foi ocupada por estudantes.

A força da juventude, especialmente a dos estudantes das escolas que podem ser militarizadas ou privatizadas, se fez presente e aumenta a cada dia. O exemplo da luta dos secundaristas em São Paulo reflete em todo Brasil, em especial em Goiás, que vive situação parecida.


Contra as “OS” e a militarização 4x3b4j

Quatro escolas ocupadas em Goiânia 5un4a

Até o final de semana anterior ao fechamento desta edição do AND, oito escolas de Goiânia já estavam ocupadas por estudantes secundaristas. Eles lutam contra a militarização das escolas públicas do estado, política implantada juntamente com as “Organizações Sociais”  (OS).

Em meados de 2015, o governador Marconi Perillo militarizou algumas escolas e os professores responderam com greve. Na ocasião, o governador chegou a declarar que a militarização era o “remédio” para tais educadores.

Os estudantes denunciaram para a nossa reportagem a presença de drones (pequenos aviões não tripulados equipados com câmeras) sobrevoando os colégios ocupados. Em 12 de dezembro, em torno das 23 horas, policiais ameaçaram realizar a reintegração de posse em uma das escolas ocupadas.

A luta dos secundaristas para impedir que suas escolas sejam geridas por Organizações Sociais, algo que já acontece com os principais hospitais “públicos” de Goiânia, vai ganhando adesão e, segundo a apuração realizada pelo Comitê de Apoio ao AND na capital goiana, novas escolas estão em vias de ser ocupadas.

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