Capangas a serviço de um latifundiário, em conluio com policiais militares, derrubaram todos os barracos do Acampamento Bacuri no dia 29 de março, no município de Rio Crespo, em Rondônia. 4r4i6o
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Grupo paramilitar do latifúndio contou com escolta da PM, denunciam camponeses
De acordo com denúncias dos camponeses, o ataque covarde e criminoso foi ordenado pelo latifundiário Paulo França, pretenso proprietário da fazenda Bom Futuro. Ele estava presente no local. Os barracos das famílias foram destruídos com o uso de um trator com todos os pertences dentro.
Além de realizar a escolta do despejo criminoso, a Polícia Militar do governo estadual Confúcio Moura/PMDB disparou contra um camponês que fotografava a ação ilegal, já que não havia mandado de reintegração de posse. O trabalhador conseguiu sair ileso da tentativa de assassinato.
“O fazendeiro, com o apoio da PM/GOE e sob a alegação de ‘manutenção de posse’, impõe o terror na região. Inclusive, a PM tem parado os camponeses nas estradas, recolhido os celulares, manuseando-os sem autorização e se apossando dos cartões de memória, intimidando os camponeses e impedindo-os de registrarem as violências; sem contar as apreensões das motos sem qualquer justificativa, inclusive levando-as para a sede da fazenda.”, denuncia nota elaborada pelos apoiadores da luta pela terra na região, a partir dos relatos dos camponeses, que foi enviada a órgãos do velho Estado como a Delegacia Agrária, a Ouvidoria Agrária Nacional e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
As 66 famílias do Acampamento Bacuri resistiram a três ataques do latifundiário Paulo França, com apoio da PM, apenas no mês de março. Os camponeses há três anos lutam pelas terras da fazenda Bom Futuro, sobre a qual existe a acusação de ter sido formada a partir de grilagem. Atualmente eles ocupam uma área próxima deste latifúndio.