RJ: atos em defesa da educação 3i34v
Após uma assembleia de professores no Clube Hebraica, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio de Janeiro, no dia 2 de junho, estudantes e professores saíram em manifestação pelas ruas do bairro até o Palácio Guanabara, sede do gerenciamento estadual, que estava cercado por grades e pela Polícia Militar, além de bombeiros com cilindros d’água. 195f
Estudantes na escadaria da Alerj no ato do dia 8/6/2016
No fim da tarde, os manifestantes jogaram tinta na fachada do palácio em resposta aos ataques do “governo”, que, além de prejudicar os educadores em greve, reprimiu manifestações e organizou grupos como o ‘Desocupa’ para atacar escolas ocupadas. Os PMs partiram para as agressões e puxaram um jovem, que foi detido e teve que ser hospitalizado levando sete pontos no supercílio.
Mesmo com a atuação policial, os estudantes, com os rostos tapados para dificultar a perseguição, permaneceram no local hostilizando os agentes de repressão e entoando palavras de ordem.
No dia 8/6, um novo protesto ocorreu após assembleia. Os professores e estudantes se concentraram na Candelária, onde a polícia esperava o início da manifestação. Antes mesmo dele começar, os PMs começaram a revistar mochilas, tirar fotos de identidades de manifestantes e chegou a deter um professor, que não foi preso. As provocações baratas da polícia não intimidaram os jovens e o ato saiu em direção à Alerj.
Até o fechamento desta edição, estudantes seguiam ocupando a Secretaria de Educação.
SC: moradores põem fogo na rua 2i1652
Na manhã do dia 10 de junho, moradores bloquearam a SC-135, em Porto União, norte de Santa Catarina, com o objetivo de exigir das “autoridades” a reforma da rodovia, que está com buracos e depressões.
O bloqueio iniciou às 7h30 no km 3 e terminou por volta de meio dia. Os manifestantes ergueram uma barricada de pneus e colocaram fogo.
As manifestações com queima de pneus e objetos em vias públicas têm ocorrido frequentemente em várias partes do país. A população não pede, mas exige seus direitos.
DF: remoção e resistência 1m3s2i
Na região istrativa de Ceilândia (DF), moradores da localidade conhecida como Sol Nascente incendiaram um ônibus vazio, que estava parado em um terminal próximo a área, no dia 2 de junho, em resposta a uma ação de remoção de casas de uma ocupação urbana.
O despejo foi executado pela Polícia Militar, que derrubou 188 moradias pertencentes a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), que desenvolve o “Projeto de Assentamento Distrital Santarém”, em uma área de cerca de 60 hectares.
No centro de Brasília, na reintegração de posse no hotel Torre Palace ocorrida no dia 1º de junho, houve resistência por parte dos moradores, que lançaram bombas de fabricação caseira conhecidas popularmente como “cabeções” e pedras em direção aos militares, o que levou a suspensão da reintegração.
Na manhã do dia 5, os moradores foram removidos em uma operação que contou com um efetivo de cerca de 200 homens do Batalhão de Choque (BPChoque) e do Batalhão de Operações Especiais (Bope), 2 helicópteros, além do Corpo de Bombeiros. Na ação foram lançadas bombas de efeito moral e efetuados disparos de balas de borracha contra os ocupantes, que responderam com pedras. Um dos ocupantes teve o rosto ferido.
O edifício avaliado em R$ 35 milhões conta com 14 andares e 140 apartamentos, situado próximo ao estádio Mané Garrincha. O hotel foi abandonado em 2013 por disputas entre os herdeiros do fundador do hotel e por acumular dívidas trabalhistas, sendo ocupado por cerca de 200 pessoas desde outubro de 2015.
MS: protesto por melhorias 102a47
Moradores do bairro Colibri II, na região sul de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, incendiaram uma barricada de pneus para bloquear o trânsito na Avenida Guaicurus, na tarde de 3 de junho. Segundo a página campograndenews.com.br, “um dos manifestantes, o pastor Edson Moraes, de 42 anos, falou que há cerca de dez anos houve obras de pavimentação no bairro, mas seis ruas ficaram sem asfalto. Recentemente, a lama no local aumentou com as chuvas e obras de implantação da rede de esgoto”.
PE: inundação gera revolta 2y2112
Em 1º de junho, manifestações ocorreram na cidade de Olinda, Região Metropolitana de Recife (PE), devido às inundações. Moradores bloquearam a Avenida Carlos de Lima Cavalcanti e a PE-15 e outros protestos foram registrados na Avenida Presidente Kennedy e no bairro Jardim Fragoso. A população contestou as mortes e os estragos provocados em suas residências pelas inundações, além de uma obra inacabada de um viaduto que prejudica a região. No protesto da Avenida Carlos de Lima Cavalcanti, uma barricada foi incendiada pelos manifestantes.
BA: agressão policial em Camaçari d6717
No mês ado, em 5 de maio, aconteceu um flagrante de violência policial contra menores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), no campus localizado no município de Camaçari.
Por volta das 17h30, alunas estavam no ponto de ônibus que fica em frente ao Instituto, quando duas viaturas da PM que fazem o policiamento no Polo Industrial de Camaçari (Companhia Independente de Policiamento Especializado – CIPE/Polo Industrial) pararam em frente à escola. Após rápida conversa com os seguranças, que consentiram com a ação, os policiais levaram 3 crianças para a guarita da escola sob murros e empurrões. O lugar se transformou em ambiente de tortura. Em seguida, dois dos meninos foram trazidos novamente para fora e encostados na viatura e as agressões continuaram com socos, chutes e, inclusive, com o uso de arma de choque, de onde se podia ouvir o choro e o pedido dos menores para que se parasse a cena de horror.
Chocadas com a situação, as testemunhas não conseguiram anotar o número da placa ou mesmo o nome dos agressores, se retirando do local antes do desfecho.
Como de praxe, eram crianças negras, aparentando idade entre doze e treze anos. Indignados com a ocorrência, e após denúncia feita por uma colega em redes sociais, os alunos se reuniram no dia seguinte e exigiram da escola que as imagens das câmeras fossem averiguadas. Assim foi feito e o caso ainda está em investigação. A Polícia Militar divulgou em nota que os menores seriam “suspeitos” de assaltos que aconteceram na região.
PA: contra lixão clandestino 4n4z2u
Moradores da comunidade de Acapú, no município de Vigia (PA), bloquearam, na manhã de 6 de junho, o quilômetro 55 da PA-140. Os manifestantes pretendiam chamar a atenção para um lixão que existe na região. Denúncias apontam que carcaças de peixes estariam sendo deixadas a céu aberto. A prefeitura municipal informou que tem conhecimento do lixão, mas até o dia da manifestação não havia tomado nenhuma decisão para resolver o problema completamente.
BA: falta d’água 393c6z
No fim da tarde de 3 de junho, uma manifestação de moradores bloqueou a Avenida Paralela, no bairro da Paz, em Salvador (BA). Durante cerca de uma hora, quatro das cinco faixas foram fechadas por uma barricada com pneus e madeiras em chamas. Os moradores criticavam a rotineira falta d’água na região.
ES: protesto na Serra 3d6f45
Em 9 de junho, a população do bairro Cidade Nova da Serra fechou a BR-101, na Serra (ES), durante uma manifestação por melhorias no abastecimento de água e energia na região.
Os manifestantes montaram uma barricada com galhos de árvores e colocaram fogo. Desde o ano ado, muitos protestos têm ocorrido nessa região.