Palestinos refugiados na Síria 4d5n4h
Pela primeira vez desde a segunda grande guerra imperialista mundial o número de pessoas obrigadas a deixarem suas casas, cidades ou até suas pátrias por causa de guerras ou perseguições políticas ultraou a marca de 50 milhões. Mais precisamente no fim de 2013 eram 51,2 milhões de deslocados (os que migram forçadamente dentro das fronteiras de seu próprio país) ou refugiados (os que atravessam as fronteiras da sua nação em busca de um lugar para ficar a salvo) no mundo, impressionantes seis vezes mais do que o registrado no final de 2012, e subindo, segundo levantamento da Agência da ONU para Refugiados, a Acnur. 4rm1p
A maioria dos deslocados e refugiados do planeta se encontra nesta terrível situação em decorrência de guerras civis atiçadas pelo imperialismo, cada vez mais brutais e cada vez mais comuns, em um cenário de acirramento das tensões interimperialistas por conta da repartilha do mundo entre os monopólios agonizantes. No mesmo ano de 2013 pelo menos 10 bilhões de dólares foram gastos em conflitos armados, o equivalente a 11% do PIB mundial, de acordo com a organização Instituto para a Economia e a Paz, segundo a qual a porcentagem real pode chegar a 20%, dada a ausência de dados confiáveis neste quesito.
Entre a data final de referência do levantamento da Acnur e os dias que correm o cenário geopolítico – o da política do imperialismo – já produziu mais uma massa considerável de descolados e refugiados, engrossando as estatísticas e prometendo sucessivas quebras do infame recorde.
Um dos mais recentes exemplos de um deslocamento em massa, por exemplo, por conta da política do imperialismo, mais precisamente da famigerada “guerra contra o terror”, vem do Paquistão. Em poucos dias entre o fim de junho e o início de julho mais de 325 mil pessoas fugiram do estado do Wazaristão do Norte por conta de uma operação militar lançada pelo gerenciamento de Islamabad contra “terroristas”.
Na Ucrânia, mais novo palco de uma guerra civil açulada pelos conflitos resultantes das manobras das potências visando a repartilha do mundo, dezenas de milhares de pessoas se encontram atualmente nesta situação. No fim de junho, a própria Acnur informou que desde o início do ano mais de 110 mil ucranianos atravessaram a fronteira com a Rússia fugindo da violência promovida por Washington e Moscou em sua pátria, com direito a milícias fascistas financiadas pelo USA espalhando o terror entre a população.
No último 7 de julho, o ministério russo das Situações de Emergência deu conta de que só na região de Rostov havia naquela data 23.845 deslocados ucranianos, entre os quais 8.857 crianças, vivendo em casas de parentes ou em centros de acolhimento temporários.
Ao todo cerca de 20 mil ucranianos estão hoje refugiados nos 360 centros deste tipo espalhados por cerca de 40 cidades russas, com uma frequência de chegada de 100 novas pessoas por dia, conforme informações oficiais divulgada por um dos responsáveis por esse drama, a istração imperialista de Vladimir Putin.
E por falar em engrossar estatísticas e no recorde dramático, no Líbano perspectivas apontam para um cenário em que a população do país deverá aumentar em um terço até o fim de 2014 devido à chegada massiva de refugiados da guerra civil na Sìria, o mais sangrento entre os conflitos internos que transcorrem atualmente no planeta em decorrência de disputas imperialistas.
Ao fim do ano os atuais 1,1 milhão serão 1,5 milhão de refugiados sírios vivendo no Líbano, país que tem quatro milhões de habitantes e que recebe 38% de todos os que fogem daquela sangrenta guerra civil. Mais da metade destes deserdados da terra são crianças. Os países vizinhos da Síria vêm registrando uma média de 100 mil novos refugiados sírios por mês. Segundo estimativas, eles serão cerca de 3,6 milhões em toda a região do Oriente Médio até o fim de 2014.