A histórica greve dos garis cariocas deu o exemplo da luta independente, classista e combativa que arrancou a vitória sobre a arrogância e desprezo da prefeitura do Rio, pela ação dos próprios trabalhadores. 545h6h
Depois que o sindicato mega-pelego da central governista UGT deu as costas aos trabalhadores, os garis deram as costas a toda a estrutura sindical de Estado carcomida com suas instituições repressivas: a Justiça do Trabalho – que declarou a greve ilegal; o sindicato pelego – que autorizou as demissões de grevistas; e o Estado – a prefeitura, que não reconhecia as reivindicações e a organização autônoma dos trabalhadores e tentava fazer terrorismo sobre eles.
A vitória foi conquistada exatamente porque ousaram ir ao combate sem temer, rechaçando os métodos tradicionais de luta limitados pela legislação sindical. Tomaram as ruas em manifestações diárias, se negaram a reconhecer a falácia burocrática de necessidade de “preservação das atividades essenciais”, deixando o lixo nas ruas para o prefeito recolher. A democracia operária se fez valer pela ação da comissão de base que era acompanhada por milhares de trabalhadores na frente dos prédios onde ocorriam as negociações.
O prefeito playboy e fascista Eduardo Paes teve que engolir todo o lixo que vomitou sobre os grevistas – ao dizer que o movimento era só de 300 garis e taxando a greve como “motim”. Nem com o e da polícia e das organizações Globo conseguiu desmontar a greve e tirar o lixo das ruas. Viu que não tinha saída senão reconhecer a grandeza do movimento, concedendo o reajuste salarial e cancelando as demissões.
Esse é o tipo de mobilização operária resultante dos novos níveis da luta popular após as jornadas de junho de 2013. Pois tremam grandes burgueses, latifundiários e políticos canalhas de todos os tipos, pois o 2014 de lutas está só começando!
Viva a luta dos garis cariocas!
Viva a luta independente e classista!
Não vai ter copa!