Em meio a tempestade revolucionária da Grande Revolução Cultural Proletária (GR), desencadeada em maio de 1966, celebrou-se, entre os dias 1º e 12 de agosto de 1966, a XI Seção Plenária do VIII Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), que aprovou, entre uma série de importantes resoluções, a ‘Decisão do Comitê Central do PCCh sobre a Grande Revolução Cultural Proletária’, ou ‘Documento de 16 Pontos’, documento redigido sob a direção pessoal do Presidente Mao Tsegtung, que deu todo o ordenamento e roteiro da Grande Revolução Cultural Proletária. 3a1f9
“Embora derrubada, a burguesia tenta corromper as massas e conquistar a sua confiança por meio do pensamento, da cultura, dos usos e dos costumes antigos das classes exploradoras com vistas à sua restauração. O proletariado deve fazer o contrário: opor uma resposta pronta e simultânea a cada provocação lançada pela burguesia no domínio ideológico e transformar a fisionomia moral de toda a sociedade com o pensamento, a cultura e os usos e costumes novos que são próprios do proletariado. No momento atual, temos por objetivo combater e destruir os responsáveis seguidores do caminho capitalista, criticar as ‘autoridades’ acadêmicas reacionárias da burguesia, criticar a ideologia da burguesia e de todas as outras classes exploradoras, e reformar o sistema de ensino, a literatura, a arte e todos os outros ramos da superestrutura que não correspondem à base econômica socialista, a fim de contribuir para a consolidação e desenvolvimento do sistema socialista”. Assim, a direção revolucionária do PCCh, sob a guia do pensamento mao tsetung, estabeleceu objetivos da GR e as tarefas dos comunistas e massas revolucionárias.
Dando prosseguimento a feroz luta ideológica em curso na direção do Partido Comunista e da sociedade chinesa, em 13 de agosto de 1966, um dia após o encerramento da XI Seção Plenária, o Renmin Ribao (Diário do Povo), publicou este editorial que sintetiza a luta ideológica por assimilar e aplicar “os 16 pontos”.
Guardas Vermelhos convocando as massas a estudar, assimilar e aplicar os 16 pontos
É sob a direção pessoal do camarada Mao Tsetung que foi redigida a Decisão do Comitê Central do Partido Comunista da China sobre a Grande Revolução Cultural, os 16 pontos.
Confiar nas massas, apoiar-se nelas, mobilizá-las sem reservas, respeitar o seu espírito de iniciativa, tais são o significado fundamental dos 16 pontos.
Quer dizer que, na Grande Revolução Cultural Proletária, há um método a seguir: que as massas se eduquem e se libertem elas mesmas; não devemos de maneira nenhuma atuar em seu lugar.
Os mestres em nossa sociedade são as massas. A Grande Revolução Cultural Proletária deve apoiar-se em sua atividade consciente, em seu trabalho.
É possível levar a cabo a revolução cultural apoiando-se nas massas, em sua própria escola e em sua própria organização de trabalho?
Sim, é possível!
Guardas Vermelhos realizando estudos nas montanhas
Todo aluno ou mestre revolucionário, todo camarada revolucionário deve demonstrar altas aspirações e ardor proletário.
Apoiando-se na força das massas, cada escola e cada organização de trabalho levará a cabo, sem dúvida, a vitória da grande revolução cultural proletária, sempre que, conscientemente, os camaradas estudem os 16 pontos, os assimilem e os ponham em prática.
Um movimento revolucionário de massas é um grande crisol de culturas. Todo aluno, todo mestre, todo camarada revolucionário deve fazer frente aos acontecimentos para reforçar-se e ser capaz de fazer a revolução.
Que as massas revolucionárias assimilem os 16 pontos, sejam guiadas claramente nos anos da Revolução Cultural, distingam o bem do mal no seu trabalho e considerem corretamente suas futuras ações.
Devemos analisar e avaliar a etapa da revolução cultural que acaba de desenvolver-se, à luz dos 16 pontos, para ver o que é bom e o que é mal, que métodos são corretos e quais são incorretos.
Os grupos, os comitês e os congressos da revolução cultural são novas formas de organizações criadas pelas mesmas massas sob a direção do Partido para dirigir esta revolução cultural.
De acordo com os 16 pontos, se devem celebrar eleições gerais do tipo da Comuna de Paris.
Durante vários dias, se deve dar um amplo intercâmbio de opiniões sobre os candidatos a serem eleitos e as formas de sua eleição, e repetidas discussões sobre este tema. Se os funcionários eleitos se mostram incompetentes, podem ser realocados ou revogados.
É em sua própria escola, em sua própria organização de trabalho, que as massas revolucionárias devem dedicar seu esforço principal para a boa marcha da revolução cultural. Têm que aprender a analisar concretamente as condições específicas de sua própria escola ou de sua própria organização de trabalho, buscar soluções aos problemas existentes e levar a cabo suas próprias experiências na prática.
Esta é a melhor maneira de ajudar a outras escolas e a outras organizações de trabalho. A revolução cultural não pode desenvolver-se e levar-se a bom fim só com as escolas de massas ou as organizações de trabalho.
Devemos confiar em nós mesmos, ao igual que, na capacidade das massas revolucionárias de outras escolas e outras organizações de trabalho, de resolver seus problemas e libertar-se elas mesmas.
A Grande Revolução Cultural Proletária é uma luta política e ideológica que afeta aos seres humanos no mais profundo.
Esta luta deve recorrer à razão e não à coação ou coerção. O proletariado possui a verdade.
Devemos lutar pela razão, não pela coerção ou coação, inclusive na luta contra os direitistas burgueses. Lutar pela razão, que ajuda a revelar totalmente a cara de ódio dos direitistas burgueses e refutar completamente as calúnias, isolando-as o quanto possível.
Os 16 pontos são um problema esboçado pelo camarada Mao Tsetung para a Grande Revolução Cultural Proletária. São um instrumento para unificar a compreensão e a ação das massas.
As massas de trabalhadores, camponeses, soldados, intelectuais e quadros revolucionários apoiam firmemente os 16 pontos.
Nós, que pertencemos às massas revolucionárias, devemos estudar conscientemente e usar como uma arma para avaliar a situação real do movimento em nossa própria escola ou em nossa própria organização de trabalho. Devemos seguir fazendo o que está na linha dos 16 pontos e corrigir o que não está.
Os responsáveis das escolas e das organizações de trabalho que se opõem aos 16 pontos devem ser denunciados e criticados severamente.
Cartaz disponível no blog http://celebrar50anosgr.blogspot.com.br/