Capitalismo burocrático – é a forma de capitalismo que vigora nas colônias e semicolônias, ou seja, países dominados pelo imperialismo. 2z6s1p
Nestes países, o capitalismo não surgiu com o desenvolvimento econômico de uma burguesia local, mas com a expansão do capitalismo dos países então colonialistas.
As potências colonialistas, quando desenvolveram a produção de mercadorias a ponto de suprir seu próprio mercado consumidor (século XIX), aram a exportá-las para os países coloniais e semicoloniais, impedindo que nestes se desenvolvessem indústrias nacionais e capital nacional. Para este fim, nas colônias/semicolônias, também é mantido o monopólio da terra com os latifundiários, destinado à produção de commodities para exportação e que em grande medida impõe relações semifeudais ao campesinato. Tudo isso impediu o desenvolvimento autônomo da economia nacional.
Já no início do século XX, na época do imperialismo, as potências aram a exportar principalmente capital financeiro, resultado da fusão de capital industrial com capital bancário.
Com essa inversão de capital, a grande burguesia local torna-se monopolista, crescendo como intermediária dos investimentos e em relações subalternas com os monopólios imperialistas atuantes no país, classe lacaia e submetida (semicolonialidade).
Capitalismo, mas de tipo burocrático, pois se sustenta na subjugação estrangeira do país e na dominação do latifúndio no campo. Ele evolui conforme a necessidade e interesse do imperialismo por força de trabalho barata, fornecimento de matérias-primas e mercados consumidores para seus produtos, na busca incessante dos monopólios transnacionais pelo lucro máximo.
Nesse capitalismo, o lucro e o capital produzidos no país são remetidos de volta aos monopólios do capital imperialista e para seus Estados, ficando uma migalha à grande burguesia e latifúndio, deixando o país no atraso.
No campo, embora também há inversão de capital (tipo “agronegócio”), mantêm-se as mesmas relações de propriedade apoiada na superexploração do campesinato baseadas em relações semifeudais, persistindo o problema e sustentando a dominação estrangeira.