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Colômbia: luta camponesa enfrenta assassinatos 471ji

No dia 2 de junho, dois camponeses colombianos foram assassinados no município de Caldono (departamento de Cauca), em meio a grande efervescência causada por variados e amplos protestos de populações camponesas e indígenas em diferentes pontos do país, que já somou, desde o fim de maio, mais de 30 mil participantes e 135 feridos. Os camponeses exigem, nessa importante jornada de luta, melhorias agrárias como diminuição nas importações de alimentos vindos do USA e Europa, contra a pobreza rural e a pouca quantidade de terra a disposição, exigências cujas “autoridades” reacionárias do velho Estado colombiano não podem atender. 2y492q

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Camponês ferido é socorrido por outros manifestantes

Quem está encarregado de “acompanhar” as manifestações camponesas é nada menos que o Ministério da Defesa: daí se vê o temor com que o velho Estado vê o povo mais empobrecido, ademais de ver os problemas sociais como sendo um problema de “defesa nacional”.

Segundo a ‘Organização Nacional de Indígenas da Colômbia’ (ONIC), os assassinatos dos dois camponeses ocorreram por impacto de dois tiros durante confronto com a repressão. Já o velho Estado afirma que ainda não há responsáveis: “Não temos evidência, até o momento, de que as mortes sejam por atos da Força Pública”, declarou o Ministério da Defesa, na rede Twitter. Tal pronunciamento, entretanto, deixa claro e transparente que o único suspeitíssimo dos assassinatos é justamente a repressão fascista.

Apesar dos dois camponeses caídos do lado das massas, houve também baixas no lado da repressão: segundo o próprio Ministério da Defesa, 31 agentes da repressão ficaram feridos.

Houve também outro episódio combativo da luta camponesa: uma greve geral de camponeses e indígenas que agitou os departamentos de Antioquia, Arauca, Huila, Meta, Nariño, Norte de Santander e Valle del Cauca, no final de maio e início de junho. Foi a resposta das massas ao não cumprimento pela gerência federal de acordos firmados, que visavam a instalação de hospitais e escolas no campo e a revogação de legislações que permitiam remoções da população. Centenas de pessoas, incluindo agentes da repressão, ficaram feridas.


Chile: avança a ofensiva estudantil xw16

Com informações do periódico El Pueblo

Os estudantes chilenos, protagonistas de grandes lutas nos últimos tempos, novamente dão mostras de combatividade mediante a luta pela educação digna que, em tese, deveria ser entregue a eles pelas “autoridades”, mas que, no entanto, não está nem nunca estará na lista de prioridades mínimas do velho Estado chileno e de suas gerências de turno.

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Jovens durante marcha de estudantes secundaristas

No final de maio desse ano, as massas estudantis no Chile avisaram que se iniciaria uma ofensiva contra o descaso do velho Estado com a educação, no qual as falsas promessas são mais uma vez a ordem do dia para a gerente de turno Michelle Bachelet. O descaso está expresso na maneira como está sendo conduzida a tão falada “reforma na educação”, a qual promete gratuidade na educação e maior democracia escolar, mas que, todavia, irá beneficiar menos da metade de estudantes que havia prometido, além de estar mantendo intactas várias estruturas contrárias aos anseios democráticos levantados pelos estudantes.

Ocupando vários colégios secundários e indo até as ruas com suas justas  exigências em defesa da educação, os estudantes, tanto secundaristas como universitários, vêm depurando sua própria consciência e enxergando que somente através da união, organização e combatividade se pode conquistar e assegurar os direitos mais fundamentais, como a educação completa e integralmente gratuita, de qualidade e democrática que sirva ao povo.

No dia 26/5 , uma grande marcha estudantil foi convocada e tomou as ruas, se chocando inclusive contra a repressão fascista que, em seu primeiro momento, atacou covardemente os estudantes. Os jovens, convictos da justeza de sua luta, reagiram e houve confronto.


Bolívia: protestos por todo o país 33h5f

Uma série de protestos foram registrados na Bolívia, incluindo mobilizações de operários (além dos operários da Fábrica de Cimento Nacional, em Sucre), trabalhadores no setor de transporte pesado, moradores de várias e amplas regiões do país e até mesmo pessoas com deficiências físicas como cadeirantes.

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Polícia reprime cadeirantes que protestam há um mês em La Paz

No dia 1º de junho, caminhoneiros bloquearam pelo segundo dia consecutivo várias vias estratégicas no país em Chuquisaca, El Alto, Tarija, Potosí e Santa Cruz contra mudanças no sistema fiscal e no Código Tributário.

Já a população de Guayaramerín (em Beni), fronteira com Guajará-Mirim, no Brasil, prossegue há vários dias fazendo barricadas e bloqueando vias pela região, em protesto contra a falta de energia elétrica e contra o desemprego.

Já as pessoas com deficiências físicas exigem, em Cochabamba, o pagamento de 500 bolivianos (moeda nacional) mensais, tendo em conta o desemprego e as suas condições físicas. Ocorreram vários confrontos e os manifestantes descarregaram sua justíssima indignação nas tropas da repressão, que tentavam se defender com seus escudos.


Peru: repressão e confrontos marcam greves 723fq

Com informações de Secours Rouge

Trabalhadores peruanos estão sustentando duas greves gerais simultâneas nas cidades de Puno (cidade andina a 315 km ao sudeste de Lima) e Chimbote (cidade costeira a 440 km ao norte de Lima). A motivação é a falta de infraestrutura nas obras públicas, colocando em risco vidas operárias, ademais de prejudicar e trazer desconfortos para toda a região. A magnitude das greves e a maneira que se expressam as reivindicações do povo peruano, isto é, sua combatividade, indicam a que nível está a luta de classes no país.

No dia 2 de junho, quando se completou as primeiras 48 horas de greve geral em Puno, os manifestantes, exigindo das “autoridades” a descontaminação do Lago Titicaca, sofreram da já permanente repressão do velho Estado peruano e revidaram em justa resistência, inclusive bloqueando estradas vitais que conectam o resto do país àquela região e à vizinha Bolívia. Já em Chimbote, manifestantes que exigem a construção de um desvio da rodovia Panamericana (que hoje atravessa a cidade) foram atacados com violência por bloquearem as ruas, a que responderam: houve pequenos confrontos e três manifestantes foram presos pela repressão.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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