Afinal, será tudo deles 1s423p

Afinal, será tudo deles 1s423p

A grande verdade e amarga constatação é que essa vergonhosa e constrangedora situação do endividamento público brasileiro, interna e externamente ao país, teria que atingir um limite. Acima dele a questão da soberania a à condição de total descrédito e desrespeito.  2c6r4w

Tanto é assim que, recentemente, em uma dessas reuniões preparatórias para agendamento de temas de interesse aos países que compõem a Organização Mundial do Comércio (OMC), vários deles (Japão, Estados Unidos, Canadá, Austrália e mesmo a China) encaminharam pleitos solicitando que o Brasil viesse favorecer e liberar o ao mercado interno. Os pedidos vão da abertura de agências bancárias e seguradoras em todo o território nacional, à diminuição das restrições na área das telecomunicações para o conjunto das mais recentes inovações tecnológicas, ando pelo maior o à exploração, distribuição de petróleo e gás natural, obras de engenharia, inclusive construção de hidrelétricas, agenciamento de turismo e viagens, lançamento e monitoramento espaciais e, pasmem, ampla liberdade para a exploração do ensino superior, com a implantação de universidades estrangeiras no país.

Dentro da mesma linha e de mais algum tempo, devem solicitar permissão para obterem assento e realizarem consultorias aos parlamentares do Congresso Nacional.

É só esperar para ver 3a444g

Mas, esses despropósitos têm razão de ser? Evidentemente que sim. Basta notar que não temos limites para quase nada neste país. Sai governo, entra governo, e as coisas só tendem a piorar — para o nosso lado, é claro.

De desplanejamento em desplanejamento, é mais que evidente que a desgovernabilidade só tende a crescer. Pior, ela cresce na mesma proporção do endividamento, interno e externo, do país. Aqui, nada pode ser feito sem os empréstimos e doações externas, desde os programas contra queimadas na Amazônia, até a construção de casas populares na Baixada Fluminense. Sem o BIRD (Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento) e o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e mais a JICA1, impossível dar um o em termos de investimentos, por menor que sejam.

Nesse particular, vale um outro registro, oriundo da mesma reunião preparatória da OMC, na qual um dos participantes teria indagado se o Brasil não poderia fornecer a outros países a fórmula para tamanho endividamento, tamanha contrapartida em juros e amortizações, numa verdadeira fábrica de lucros aos credores, sistemática e crescentemente, sem qualquer abalo e rompimento nas suas estruturas político-partidárias. O dito participante teria lido nos jornais italianos que o Brasil, nos últimos 40 anos, havia se descapitalizado em mais de um trilhão de dólares somente na rolagem de seu endividamento externo e continua devedor de um montante já superior a ¼ do mesmo trilhão.

Porque não temos oposição — ou só temos essa posição — há insistência em pleitos como os encaminhados à OMC para que o Brasil escancare de vez as portas do seu quase inigualável mercado interno (só ultraado pelo chinês e norte-americano) para o bloco de países hegemônicos que, não satisfeitos, pedem também para formar consciências nas próprias (deles) universidades.


*Flávio Garcia é engenheiro agrônomo e assessor parlamentar na Câmara dos Deputados Federais
1 JICA (Japan International Agency-Brazil) —Vinculada ao Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão, responsável pela implantação de “planos e programas de cooperação técnica para países em desenvolvimento”. No Brasil, mantém três escritórios localizados em Brasília, Belém e São Paulo. Um acordo de cooperação foi assinado em setembro de 1970 para as áreas de saúde, agricultura, indústria, temas sociais, meio ambiente e cooperação trilateral, destacando-se as duas últimas. Até março de 1996, seus investimentos no Brasil totalizavam 57,9 bilhões de ienes.
Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
Agora, mais do que nunca, AND precisa do seu apoio. Assine o nosso Catarse, de acordo com sua possibilidade, e receba em troca recompensas e vantagens exclusivas.

Quero apoiar mensalmente!

Temas relacionados:

Matérias recentes:

A serviço de Israel, Egito prende dezenas de ativistas da Marcha Global para Gaza, que segue mobilizada  6c1g64

13/06/2025

Manifestantes do EUA vão protestar no ‘Dia da Bandeira’ que marca os 250 anos do Exército ianque; confrontos são esperados t3hj

13/06/2025

O imperialismo ianque treme diante do proletariado! 6a505e

13/06/2025