Abaixo o massacre olímpico! 24354

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Abaixo o massacre olímpico! 24354

As Olimpíadas e Paralimpíadas são megaeventos que acontecerão — assim como foi na Copa da Fifa de 2014 — em um contexto de recrudescimento da militarização e de aprofundamento do Estado policial que montou uma verdadeira operação de guerra, utilizando-se como desculpa a possibilidade de “ataques terroristas”. Em realidade, tal operação visa limitar a circulação do povo, principalmente o pobre, além de cercear os direitos de livre manifestação e organização da população, tendo em vista a desmoralização de todas as gerências, que temem o irromper da justa rebelião das massas. 2s3s3o

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Tratores “olímpicos” destroem a Vila Autódromo

O fascismo olímpico acontecerá em um cenário em que o povo fluminense (e brasileiro) a por uma piora em suas condições de vida, sofrendo com o arrocho salarial, elevação do desemprego e endividamento etc. Ademais, o povo é submetido diuturnamente à violência policial nas favelas e periferias das cidades, fato que ocorre também, e principalmente, no campo. Confirmação cabal disso na cidade é o caso dos 4 policiais que efetuaram 111 tiros de fuzis em um carro — executando 5 jovens pobres — no bairro de Costa Barros (Zona Norte do RJ), que vão aguardar o julgamento em liberdade e em serviço. No campo, temos a ação das polícias ambiental, civil, federal e militar, além da Força Nacional, na remoção brutal de camponeses e indígenas.

As epidemias assolam o povo — principalmente a chikungunya, dengue, “gripe suína” (H1N1) e zika vírus —, que se amontoa nas filas dos hospitais e postos de saúde públicos, cada vez mais superlotados, sucateados e precarizados, carecendo do mais básico: alimentação, equipamentos, médicos, medicamentos e utensílios hospitalares.

O funcionalismo público, especialmente aqueles setores que oferecem serviços essenciais ao povo, tais como educação e saúde, sofre com atraso e parcelamento de salários, corte de verbas e salários defasados frente à inflação. No Rio de Janeiro, 393.143 mil servidores públicos, entre os da ativa, aposentados e pensionistas, são atingidos com os constantes atrasos no pagamento pela gerência estadual. O cenário de colapso geral no Rio de Janeiro é a realidade presente de parte do país e futura da parte restante.

Pelo Brasil afora, os trabalhadores respondem com manifestações diárias e com greves aos ataques contra seus direitos cada vez mais aviltados e à não oferta de serviços públicos básicos. Por exemplo, no Rio de Janeiro, os estudantes secundaristas ocuparam mais de 60 escolas em apoio à greve dos docentes da rede estadual (que acabou no dia 26/7), reivindicando uma educação pública de qualidade. No campo, onde a situação é permanentemente mais grave, os camponeses pobres, indígenas e os remanescentes quilombolas ocupam terras e retomam os seus territórios, resistem aos despejos, perseguições, ameaças e não recuam da luta mesmo com os assassinatos constantes praticados por latifundiários e seus grupos de pistoleiros, com a participação de policiais, tudo acobertado pela “justiça”.

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Professores mantiveram meses de luta por seus direitos

A realização desses megaeventos foi planejada por Lula/PT no intento de conquistar maior destaque internacional e dar aval a seus projetos eleitoreiros. Vincula-se também com as arquitetações do capitalismo em sua fase final, agonizante e putrefata: o imperialismo, principalmente o ianque, no seu objetivo de ampliar a dominação e saqueio das riquezas das colônias e semicolônias.

Recebemos, na redação de AND, um boletim da Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo (FRDDP) denunciando o massacre olímpico. Devido a sua importância, reproduzimos sua adaptação:

Povo Brasileiro: Rebele-se!

As Olimpíadas são instrumento de descarada política de circo sem pão da burguesia e do seu monopólio de imprensa, já que a crise econômica lançou milhões no desemprego e pôs fim à farra do crédito ao consumidor. Direitos estão sendo cortados e os salários ainda mais precarizados! Legiões de deserdados e de desabrigados transitam nos campos e cidades e no coração do povo brasileiro fermenta a revolta contra todas as iniquidades de que é vítima diariamente.

Está na ordem do dia grandes revoltas contra o velho e apodrecido Estado brasileiro representado hoje pelo governo do PMDB e sua base de sustentação, sucessor do governo do PT/PMDB/PCdoB/PSB/PDT etc., que comete diariamente todos os tipos de atropelos e crimes contra nosso povo. Derrubar a corja de políticos corruptos, a dominação estrangeira, dos latifundiários, banqueiros, empreiteiros e outros grandes capitalistas é tarefa urgente, porém sua realização custará uma luta prolongada.

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Faixa contra as Olimpíadas em escola ocupada na Zona Sul

Esse Estado fascista precisa ser derrubado por completo e só uma Grande Revolução Democrática pode destruí-lo e em seu lugar construir outro novo e diferente, o Estado Popular de Nova Democracia da frente única revolucionária, baseada na aliança operário-camponesa, juntamente com todos explorados e oprimidos. Só uma Grande Revolução Democrática ininterrupta ao Socialismo pode e vai demolir esse podre Estado e varrer a exploração, opressão, miséria, injustiça e violência sobre o povo trabalhador e libertar a Nação do jugo imperialista, principalmente ianque.

Para construir o novo é preciso destruir o velho e para isso toda luta popular democrática e revolucionária deve levantar as lutas reivindicativas em defesa dos interesses das massas populares e seus direitos por:

  • Aumento geral dos salários;
  • Seguridade e aposentadoria públicas e integrais;
  • e-livre já para estudantes, pelo transporte público e gratuito;
  • Saúde e educação públicas, gratuitas e decentes;
  • Contra a violência sobre as mulheres, igualdade de direitos e descriminalização do aborto;
  • Punição para os criminosos do regime militar, mandantes e executores (civis e militares) de torturas, assassinatos e desaparecimentos forçados;
  • Fim do trabalho servil nas plantações do agronegócio, nas obras do PAC e em todo o país;
  • Reconhecimento e demarcação imediata dos territórios dos Povos Indígenas e Comunidades remanescentes de Quilombolas;
  • Terra para quem nela vive e trabalha;
  • Basta à sangria de recursos públicos doados aos bancos e transnacionais;
  • Basta às mineradoras e sua pilhagem das riquezas naturais e degradação ambiental. Nacionalização das jazidas minerais, industrialização e produção nacional. Contudo ressaltamos que nossa principal reivindicação é o Poder.

Os camponeses devem se alçar a tomar todas as terras do latifúndio por todo o país levando até as últimas consequências para garantir sua posse; a classe operária e demais trabalhadores devem fazer preparativos para a greve geral através de greves parciais e cortes de rodovias e avenidas, buscando unir todas as organizações sindicais e populares possíveis de se unir sobre a base da linha classista e as mulheres do povo e a juventude combatente devem se levantar em tormentosos protestos ocupando escolas, universidades, tomando ruas e praças. As massas populares de todo o país devem se levantar pela revolução democrática!

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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