Bombardeios israelenses mataram pelo menos dez palestinos e feriram dezenas de outros em ataques contra tendas que abrigavam pessoas deslocadas em Al-Mawasi, a oeste de Khan Yunis, e contra uma escola que abrigava famílias deslocadas na Cidade de Gaza. 6d6ia
De acordo com a Al-Jazeera, um ataque de drone israelense contra tendas em Al-Mawasi matou oito pessoas, incluindo três crianças e duas mulheres, e feriu várias outras.
Na Cidade de Gaza, mais duas pessoas foram mortas e outras – entre elas crianças – ficaram feridas quando as forças israelenses bombardearam a escola “New Gaza”, istrada pela UNRWA, que foi atingida várias vezes desde o início da guerra.
Em outra parte da Cidade de Gaza, uma pessoa foi morta e outras ficaram feridas em um ataque israelense a uma casa no bairro de Sheikh Radwan.
A equipe médica do Complexo Médico Al-Shifa descreveu os ferimentos como moderados. Ao sul de Deir al-Balah, no centro de Gaza, quatro palestinos foram mortos em um novo bombardeio israelense.
À medida que os ataques aéreos e de artilharia israelenses se intensificaram em Rafah, Khan Yunis e nos bairros de Shuja’iyya e Al-Tuffah, na Cidade de Gaza, a crise humanitária se agravou.
O Monitor Euro-Mediterrâneo de Direitos Humanos alertou sobre uma “morte silenciosa” que está varrendo Gaza, principalmente entre idosos e crianças. O grupo relatou que 14 idosos morreram somente na semana ada devido à fome, resultado do bloqueio imposto por Israel e das péssimas condições de vida.
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) confirmou que Gaza permaneceu sob bloqueio total pelo terceiro mês consecutivo.
A agência informou que 70% da população de Gaza está em áreas designadas como zonas militares ou sob ordens de evacuação – ou ambos.
Olga Cherevko, porta-voz da OCHA em Gaza, pediu a abertura imediata das agens e o fim do bloqueio, enfatizando que o sofrimento é “imenso e indescritível”. A ONU e seus parceiros reiteraram sua prontidão para fornecer ajuda humanitária em larga escala assim que o o for restabelecido.
No sábado, o município de Gaza fez um apelo urgente à comunidade internacional e às agências humanitárias, pedindo uma intervenção rápida para aliviar a catástrofe humanitária e fornecer suprimentos essenciais.
Em 2 de março, Israel proibiu a entrada de todos os alimentos, medicamentos e ajuda humanitária em Gaza, onde 2,4 milhões de palestinos dependem agora totalmente da assistência internacional, de acordo com dados do Banco Mundial.
Desde 7 de outubro de 2023, Israel continua sua guerra apoiada pelos EUA contra a Faixa de Gaza, marcada por assassinatos em massa, fome, destruição e deslocamento forçado. Esses atos persistiram apesar dos apelos internacionais e das ordens legalmente vinculantes da Corte Internacional de Justiça para cessar as hostilidades.
Até o momento, a guerra deixou mais de 172.000 palestinos mortos ou feridos – a maioria mulheres e crianças – e mais de 11.000 ainda estão desaparecidos.