Intervenção Militar no RJ: Mais casos de corrupção dos militares são revelados 2l51

Novas revelações acerca do possível esquema de superfaturamento de contratos assinados pelas Forças Armadas durante a intervenção militar no Rio de Janeiro, em 2018, revelaram que 22 contratos assinados pelo general Braga Netto não tinham licitações.
Braga Netto assinou pelo menos 22 contratos sem licitação durante a intervenção, oito dos quais foram superfaturados. Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Intervenção Militar no RJ: Mais casos de corrupção dos militares são revelados 2l51

Novas revelações acerca do possível esquema de superfaturamento de contratos assinados pelas Forças Armadas durante a intervenção militar no Rio de Janeiro, em 2018, revelaram que 22 contratos assinados pelo general Braga Netto não tinham licitações.

Nos últimos dias, novas revelações acerca do possível esquema de superfaturamento de contratos assinados pelas Forças Armadas durante a intervenção militar no Rio de Janeiro, em 2018, revelaram que 22 contratos assinados pelo general Braga Netto não tinham licitações e que o esquema contou com a participação de Márcio Moufarrege, conhecido pela participação no envio de de remessas de cocaína através de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). 2w616w

Os contratos assinados por Braga Netto totalizam R$ 192,3 milhões. Destes, oito contavam com valores superfaturados em relação aos valores previstos em lei. Cinco eram contratos milionários. 

Os contratos envolveram, por exemplo, a compra de 14.875 coletes a prova de bala no valor de R$ 76,7 milhões e a instalação de um sistema de videomonitoramento pelo valor de R$ 27,6 milhões. Segundo análise do Tribunal de Contas da União (TCU), o valor dos coletes a prova de bala foram comprados por R$ 5 milhões de reais a mais do que deveriam, revelando uma verdadeira farra de superfaturamento ocorrida nesse esquema.

O papel do doleiro nesse esquema era o de operar o crime de evasão de divisas no ato da compra dos coletes, operacionalizando pagamentos feitos pelo coronel da reserva Glaucio Guerra a outros dois militares que participavam do esquema. O doleiro em questão, de acordo com relatório da própria Polícia Federal (PF), era responsável por internalizar recursos do coronel Gláucio no Brasil de forma não autorizada. 

As investigações foram iniciadas pelas suspeitas de superfaturamento em contratos assinados entre o Gabinete de Intervenção Federal (GIF) e a empresa norte-americana CTU Security LLC para a compra de coletes balísticos. Nessa compra, Braga Netto também solicitou que não houvesse licitação para aquisição dos coletes, mas o pedido não foi aceito. O esquema de compra contou ainda com fraude em contratos e atuação de militares lobistas para que os coletes exigidos pelo GIF se enquadrassem dentro dos vendidos pela empresa ianque

Intervenção militar no Rio de Janeiro: violência contra o povo e corrupção desenfreada 2r6m6r

Além dos esquemas de corrupção esdrúxulos, pouco a pouco revelados, a intervenção militar ocorrida no ano de 2018 no estado do Rio de Janeiro foi marcada pela brutal violência contra as massas. Houveram, nesse período, gravíssimas denúncias de crimes cometidos por militares contra o povo. Dentre eles, a destruição de diversos quiosques de trabalhadores na Vila Kennedy e a macabra tortura contra 11 pessoas ocorrida dentro de um quartel do Exército.

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