No último dia 30 de dezembro, o governo de Luiz Inácio anunciou um novo programa de incentivos fiscais denominado Programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), no qual prevê o incentivo de cerca de R$ 19,3 bilhões em incentivos fiscais para montadoras de carros elétricos, divididos entre os próximos 4 anos. O investimento bilionário foi justificado sob o discurso de incentivo a “descarbonização” do País e de fomento da indústria. No entanto, a tendência segue de apenas seguir ampliando os lucros das montadoras do imperialismo em detrimento da indústria genuinamente nacional. 2i1n6
O recente programa remete a outro que ocorreu em 2023, primeiro ano de governo Luiz Inácio, denominado “Carro Popular”. Anunciado sob o palavrório de que daria incentivos fiscais às montadoras que produzem carros populares para ampliar o o das massas aos automóveis, bem como gerar empregos e fortalecer a indústria do país, o programa foi um verdadeiro fracasso. Apesar de R$ 1,5 bilhão investido (e abocanhado em massa por montadoras do imperialismo como a Fiat, que levou 38% do crédito), o preço dos carros não tornou-se ível e operários do ramo automobilístico seguiram sendo alvos de demissões em massa pelo País, como foi em fábricas da General Motors e Mercedes-Benz em São Paulo.
Para o programa “Mover” aponta-se o mesmo destino de fracasso nos objetivo que se propõe, sendo eles a “descarbonização” dos país e o fomento da indústria brasileira. O programa servirá tão somente o aumento dos lucros das empresas imperialistas do ramo automobilístico ao garantir a estes benefícios fiscais.
Primeiramente, porque o programa não alterará em nada os preços altamente iníveis dos veículos elétricos no país, sendo um engodo afirmar que isso poderá mudar algo no quadro da emissão de carbonos no País.
Em segundo lugar, porque incentivar as montadoras está longe de ser algum tipo de incentivo à indústria nacional. Nessa relação, as grandes empresas estrangeiras recebem os lucros, as únicas fábricas são de montagem de veículos ou demais processos últimos da produção de outros produtos e a indústria de base do País segue arruinada, destruída pelo processo constante de desindustrialização e primarização da economia nacional.