O governo de Benjamin Netanyahu confirmou nesta quinta-feira (05/05) estar apoiando e financiamento grupos de mercenários criminosos e traidores dentro da Faixa de Gaza para saquear comboios de ajuda humanitária, fundamentais para a manutenção do povo palestino, e sabotar as ações da Resistência Nacional Palestina. De acordo com uma apuração do jornal A Nova Democracia que consultou reportagens e declarações de organizações palestinas, esses grupos são minoritários, afiliados às classes dominantes na Palestina, e já estão sendo identificados e punidos por organizações da Resistência Nacional Palestina, sobretudo a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP). n5y15
O próprio primeiro-ministro itiu em um vídeo publicado no X que “ativou” clãs locais na Faixa de Gaza. Segundo a jornalista do Al Jazeera Hamdam Salhut, o criminoso de guerra defende que “essas gangues armadas poderiam essencialmente ajudar os israelenses a derrotar o Hamas”.
De acordo com o monopólio de imprensa The Associated Press, um dos grupos em questão seria a chamada “Força Popular”, liderada pelo chefe de um clã em Rafah, Yasser Abu Shabab. A escolha de Shabab não parece ter sido por acaso: é precisamente em Rafah que se encontra a agem para o Egito, responsável pela entrada da pouca ajuda humanitária.
Nas últimas semanas, o grupo de Abu Shabab anunciou nas redes sociais que estava realizando a “escolta” de caminhões com ajudas humanitárias diretamente para um posto de controle istrado pelo exército israelense. Nos últimos dias, imagens de milhares de palestinos sendo fuzilados por Israel enquanto buscavam comida nestes postos circularam pelo mundo.
De acordo com a NBC News, os palestinos afirmaram que os grupos de Abu Shabab realizaram ataques contra a população e saquearam caminhões com ajuda.
No mês ado, o monopólio de imprensa israelense Haaretz chegou a afirmar que “um grupo antiterrorista” palestino estava operando na Faixa de Gaza com táticas aprovadas pelo Exército israelense. De acordo com a jornalista do Al Jazeera Hamdah Salhut “Netanyahu afirma que essas gangues armadas ajudariam a derrotar o Hamas em Gaza”.
Marxistas palestinos combatem traidores q4a
Esses grupos, contudo, não am desapercebidos aos olhos vigilantes e combativos da Resistência Nacional. No dia 3 de maio, a Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) alertou para a necessidade de elevar a vigilância frente aos setores da grande burguesia palestina que queriam se beneficiar da miséria do povo palestino “estocando produtos básicos, aumentando os preços e lucrando com transferências de dinheiro a taxas exorbitantes.”
Para combater as hordas de traidores, a serviço das forças sionistas, a FPLP convocou a criação de Comitês de Guarda Popular capazes de repelir as ações traidoras dos grupos de mercenários, como uma medida “rigorosa para responsabilizar qualquer pessoa que comprovadamente esteja manipulando os meios de subsistência das pessoas”.
“O momento atual, com todos os seus desafios, exige que cada força, setor e componente de nosso povo se eleve ao nível de responsabilidade nacional e cerre fileiras contra essas conspirações. Proteger a frente doméstica, fortalecer a solidariedade social e estar ao lado dos aflitos e marginalizados são deveres nacionais e morais – a primeira linha de defesa de nosso povo.”
A atuação dos traidores a serviço do sionismo ocorrem em um momento em que apenas 4,6% das terras de Gaza estão aptas para o cultivo, de acordo com um relatório da agência da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO). Em entrevista para a rádio sa FRI, Samer, um morador de Jabaliya, relatou como a especulação alimentícia coloca as vidas palestinas em risco: “se alguém quiser cultivar legumes em suas terras perto das fronteiras, eles os venderão por um preço extremamente alto, devido à escassez de alimentos. É também por isso que todos os preços subiram na Faixa de Gaza”.
É um ataque duplo: de um lado, as Forças de Ocupação sionistas mantém as massas palestinas fragilizadas com o prolongamento da fome, beneficiando diretamente o projeto de limpeza étnica em Gaza. Por outro, as classes reacionárias palestinas elevam seus lucros se apoiando na condição de miséria e escassez, elevando artificialmente o preço de produtos básicos.
O fenômeno, embora vil, não é de todo estranho: embora a luta palestina tenha um caráter nacional e, por isso, aglomere um conjunto de classes maiores na Frente Única de resistência ao invasor, é natural que haja alguns elementos das classes dominantes que decidam colaborar com o regime inimigo.
Resistência segue fortalecida 5q7311
Isso não significa, também, que a traição desses setores minoritários seja um grande revés à luta de libertação nacional. Há vários chefes tribais e outros setores das massas populares que apoiam e participam ativamente na luta de libertação nacional. De acordo com o jornalista Robert Inlakesh a Assembleia Nacional das Tribos, Clãs e Famílias Palestinas reiterou o apoio ir à Resistência Nacional Palestina, exigindo ações contundentes “contra aqueles que tentam semear a discórdia entre nosso povo durante este período excepcional em nossa causa palestina.”
Nas últimas semanas, jornais israelenses também relataram que ainda há 40 mil combatentes palestinos operando na Faixa de Gaza. Somente o Hamas disse que recrutou 30 mil jovens para as Brigadas Al-Qassam, segundo uma notícia do portal Al-Arabya em abril.
Em outras palavras, o conjunto de traidores miseráveis em Gaza são minoritários e se tratam de um setor já punido pelo povo e pela sua vanguarda organizada nas organizações de Resistência. A perspectiva para esse grupo é, assim como para as forças militares de Israel, a derrota cabal.
Ontem (05/06), o jornal israelense Maariv publicou uma série de depoimentos de um comandante sênior da 7a Brigada Blindada de Israel, na qual o sionista ite que vários equipamentos das Forças Armadas israelenses estão com problemas técnicos ou sem funcionar por conta da sações da resistência. “No fim das contas, cada componente tem vida curta.”, acrescentando que a situação não é exclusiva à sétima Brigada Blindada, “mas a todas as brigadas regulares do IDF (Exército Israelense): blindados, artilharia e as várias brigadas de infantaria”.
O Maariv relatou que em um incidente recente em Gaza, “o motor do sistema de mísseis antitanque superaqueceu e causou um incêndio em um dos bairros de Jabaliya”. Um caminhão de bombeiros foi enviado para resolver o problema, mas “depois que o incêndio foi extinto, o comboio que guardava o caminhão de bombeiros foi emboscado” por combatentes do Hamas que detonaram dispositivos explosivos improvisados, diz o Maariv.
Um outro comandante militar, itindo as dificuldades em manter a campanha na Faixa de Gaza ativa, chegou a choramingar: “Estávamos inequivocamente errados na forma como construímos a força. Estávamos errados em nossa avaliação de que seríamos capazes de conduzir uma campanha curta.”