Tarcísio de Freitas e Ciro Nogueira defendem Bolsonaro após indiciamento; Lira fica em silêncio 45411k

Ciro Nogueira disse que tem certeza da "inocência de Bolsonaro". Para Freitas, "há uma narrativa disseminada contra o presidente Bolsonaro que carece de provas". Freitas é favorito para concorrer à Presidência em 2026 como substituto de Bolsonaro.
Ciro Nogueira (à esq.) e Tarcísio de Freitas (à dir.) Foto: Reprodução

Tarcísio de Freitas e Ciro Nogueira defendem Bolsonaro após indiciamento; Lira fica em silêncio 45411k

Ciro Nogueira disse que tem certeza da "inocência de Bolsonaro". Para Freitas, "há uma narrativa disseminada contra o presidente Bolsonaro que carece de provas". Freitas é favorito para concorrer à Presidência em 2026 como substituto de Bolsonaro.

Um dia depois que o ex-presidente ultrarreacionário Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado junto de outras 36 pessoas, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) saiu em defesa do capitão. Ele disse que “há uma narrativa disseminada contra o presidente Jair Bolsonaro e que carece de provas”, que “é preciso ser muito responsável sobre acusações graves como essa” e que “o presidente (Bolsonaro) respeitou o resultado da eleição e a posse aconteceu em plena normalidade e respeito à democracia”. 1t1566

Tarcísio tem se destacado como um quadro do guarda-chuva do bolsonarismo, de extrema-direita ou não, e também da direita tradicional. Tanto que é tido como um dos favoritos para substituir Bolsonaro nas eleições em 2026, caso o ex-presidente não possa concorrer.

Bolsonaro, Augusto Heleno, Braga Netto e outras 34 pessoas foram indiciadas pela PF – A Nova Democracia
relatório da PF foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) esta tarde (21/11) e aponta uma “organização criminosa que atuou de forma coordenada, em 2022, na tentativa de manutenção do então presidente da República no poder”.
anovademocracia-br.atualizarondonia.com

O governador paulista tem conduzido o discurso a favor do ex-presidente de modo a defendê-lo sem atacar instituições como o Supremo Tribunal Federal. A ideia é parecer “moderado”, justamente para atrair apoio das várias forças políticas. Esse tom, já registrado nos discursos de Tarcísio nas manifestações bolsonaristas na Avenida Paulista, foi mantido na defesa de Bolsonaro após o indiciamento.

‘Inocência de Bolsonaro’ 6h2e2i

No mesmo tom, o reacionário Ciro Nogueira (PP), presidente do Progressistas e ex-ministro do governo Bolsonaro, também declarou apoio a Bolsonaro. No X, Nogueira disse que “há coisas a respeito das quais tenho certeza e uma delas é sobre a inocência de @jairbolsonaro”.

Nogueira também é uma das figuras centrais do bolsonarismo. No dia 17 de agosto deste ano, Ciro Nogueira declarou apoio à candidatura de Tarcísio de Freitas. “Tarcísio não tem que vir para o PP. Não precisa, vamos estar com o Tarcísio. Se ele for candidato à Presidência da República, vai ter o nosso apoio. Se for candidato a governador, vai ter nosso apoio. O Brasil, se eu fosse apostar, vai exigir que Tarcísio seja presidente daqui a três anos”.

As posições mostram que, mesmo que Bolsonaro seja impedido de se candidatar em 2026, há fortes nomes aninhados no bolsonarismo de extrema-direita ou não, e com apoio da direita tradicional, para ocupar o cargo da disputa. É provável que esses nomes tentem capitalizar em cima do movimento de massas bolsonarista que ainda existe, tanto nas cidades, mas também no campo, com alinhamento de latifundiários e grupos pistoleiros à extrema-direita.

Silêncio de Lira 4i146h

Apesar de Tarcísio e Nogueira terem decidido quebrar o silêncio, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decidiu ficar em silêncio.

O coronel alagoano foi próximo de Bolsonaro durante o governo do ex-presidente e, nos últimos meses, costurou acordos com o agora indiciado para avançar com o Projeto de Lei (PL) da Anistia aos galinhas verdes. Na época, o avanço do PL da Anistia, junto da eleição de Donald Trump, foi motivo de otimismo para Bolsonaro, antes de os episódios das últimas duas semanas minarem os planos do ex-presidente.

No dia 19/11, em que a Polícia Federal deflagrou a Operação Contragolpe, Arthur Lira também ficou em silêncio e chegou a se recusar a falar com a imprensa.

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