Filme Guarani de SC e RS ganha prêmio em Gramado 633o1i

Filme Guarani de SC e RS ganha prêmio em Gramado 633o1i

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“Mbya’ Nhendu” entrevista sábios musicistas de várias aldeias. Foto: Reprodução

O curta-metragem indígena catarinense e gaúcho “Mbya’ Nhendu”, dirigido pelo cineasta guarani Gerson Gomes Leopoldino, conquistou agora em agosto dois cobiçados prêmios Kikito no 50º Festival Brasileiro do Cinema de Gramado (RS). Na disputa dos curta-metragens, a obra foi a vencedora na categoria Melhor Trilha Sonora. E também ficou em terceiro lugar na classificação geral dos curtas.

“Mbya’ Nhendu” trata “do som do espírito Guarani”, conforme informou o diretor, que entrevistou sábios musicistas de várias aldeias, pois a sonoridade musical é algo muito relevante para o chamado Teko (“modo de ser” e/ou “preceito vital” do povo guarani).  Gerson Leopondino tem 30 anos e é natural de Viamão, no Rio Grande do Sul. Há três anos, ele se transferiu para a aldeia Yaka Porã, no Morro dos Cavalos, em Palhoça (SC), onde trabalha como produtor cultural. Gerson é casado com a cacica da aldeia, a professora Elizete Araí Antunes, que também é coordenadora geral da Comissão Nhemonguetá, que reúne caciques guaranis de todo o estado de Santa Catarina.

Uma obra coletiva

A produção premiada, cujo trailer está ível no YouTube, foi realizada por um coletivo cultural dos guaranis chamado Comunicação Kuery. Este grupo foi criado em 2013 como um combativo registro audiovisual do cotidiano e das lutas das aldeias prejudicadas pelas obras de duplicação da BR-116, no trecho entre Guaíba e pelotas no RS.

O Festival do Cinema de Gramado é reconhecido como a principal premiação da sétima arte no Brasil, que desde 1973 distribui como prêmio uma estatueta em bronze chamada Kikito, o deus do Bom Humor.

Antes dos índios, a única catarinense a receber tal premiação foi a atriz Andrea Busatto, nascida em Itajaí e moradora em Florianópolis e que, recentemente, fez uma participação numa novela de TV.

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