No dia 7 de maio, estudantes de vários cursos da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) organizaram a segunda edição do evento Arte na Ágora, que reúne artistas independentes da música, dança, teatro, performance e grafite para apresentar trabalhos na temática “Resistir, lutar, com a cultura popular”. A iniciativa partiu da mobilização do Coletivo Arte Popular (CAP) e Coletivo Estudantil Filhos do Povo (CEFP), no Centro de Ciências Humanas (CCH). 4o3j3
A programação contou com a presença de artistas musicais, performances de dança, apresentação teatral e batalhas de Rap, que abordaram temáticas ligadas à resistência do povo e cotidiano das periferias.
“Eu acredito que seja importante porque está aproximando os estudantes com a própria realidade deles […]. Esse evento acaba contribuindo para fazer a retomada dessa cultura dentro da UFMA. É um o para a luta, é um combate ao sucateamento da própria universidade”, observou o estudante de Ciências Sociais, bacharelado, Fábio William, que participou do evento.
Os artistas também realizaram a pintura da Ágora, localizada no estacionamento do prédio de Ciências Humanas. Tradicionalmente utilizada como espaço de encontro e lazer pelos estudantes, a construção estava há tempos suja e abandonada pela instituição. Foi graças à mobilização independente dos alunos que a área pôde ser limpa e revitalizada, resgatando sua importância dentro do campus.
“Estar trazendo a arte da população para cá, para dentro da universidade é muito importante, ainda mais nesse espaço que estava praticamente abandonado, já que a UFMA não dá nenhuma estrutura. O próprio evento é feito de maneira independente, a partir da organização de alunos. É muito importante até mesmo para a continuação do curso”, relatou Gabriell Lopez, artista e estudante do curso de Artes Visuais, que contribuiu para a pintura da ágora.
Consignas de luta, denúncias contra violência no campo e pinturas dos herois do povo foram escolhidas para fazerem parte da ornamentação da ágora. A estudante de pedagogia Remis Carla e o líder camponês Renato Nathan foram escolhidos para a homenagem.