Escritor israelense anti-sionista, Ilan Pappé, tem livro censurado na França 2b305t

A editora de livros sa Fayard interrompeu as impressões e cancelou a publicação do livro “A limpeza étnica da Palestina”, de autoria de Ilan Pappé, renomado historiador israelense anti-sionista e defensor da causa Palestina.
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Escritor israelense anti-sionista, Ilan Pappé, tem livro censurado na França 2b305t

A editora de livros sa Fayard interrompeu as impressões e cancelou a publicação do livro “A limpeza étnica da Palestina”, de autoria de Ilan Pappé, renomado historiador israelense anti-sionista e defensor da causa Palestina.

A editora de livros sa Fayard interrompeu as impressões e cancelou a publicação do livro “A limpeza étnica da Palestina”, de autoria de Ilan Pappé, renomado historiador israelense anti-sionista e defensor da causa Palestina. A empresa alegou que o cancelamento da publicação do livro se deu pelo fim do contrato, mas o cenário de grave repressão aos apoiadores da causa Palestina na França favorecem a hipótese de que a decisão tenha sido um ato de censura política.  3r5t2d

Segundo a editora, o contrato de publicação do livro expirou no dia 27 de fevereiro de 2022. Contudo, o fim do contrato não havia sido até o mês ado um empecilho para novas impressões do livro, que seguiu sob produção pela editora até pelo menos 3 de novembro.

Nenhum esforço foi feito pela editora para renovar o contrato, apesar do livro ser amplamente procurado por leitores ses e Ilan Pappé, professor da Universidade de Exeter, na Inglaterra, ser uma referência mundial entre os intelectuais progressistas que escrevem sobre Israel e a Palestina. No Brasil, pelo menos quatro de seus livros já foram traduzidos e publicados, como Dez Mitos sobre Israel, A Limpeza Étnica da Palestina em 1948, A Bíblia a serviço do sionismo e Revisitando 1967

Denúncias 1h3i5f

Uma série de denúncias foram feitas pela decisão arbitrária da editora. O próprio Ilan Pappé declarou à revista Palestine Chronicle que: “Fiquei muito desapontado ao saber que uma das primeiras ações do novo proprietário da Fayard foi cancelar a publicação e a distribuição do Limpeza Étnica em francês”. 

Segundo ele, a editora já havia se arrependido (por razões políticas) da publicação do livro anteriormente: “Mesmo antes dessa mudança, eles pareciam ter se arrependido de seu entusiasmo inicial, provavelmente por causa da pressão sionista. Mas agora, sem rodeios, eles tentaram impactar a liberdade de expressão e o conhecimento, provavelmente sob as ordens dos novos proprietários’’, declarou, antes de concluir que “hoje [a censura] é contra a Palestina, amanhã será sobre os crimes cometidos pela França contra a Argélia, e depois sobre o racismo existente na França dos dias de hoje.”

O próprio Palestine Chronicle condenou o cancelamento da publicação do livro como um ato de censura. Antes, o jornal francês Actuallité já havia reportado sobre o fato em uma matéria com o título “A Fayard eclipsa discretamente um de seus livros sobre a Palestina”. Na reportagem, o jornal entrevistou o dono de uma livraria que tentou encomendar mais edições do livro após ter vendido sua última edição, mas foi supreendido com a decisão da Fayard. 

“Estou chocado com a decisão de retirar o livro do catálogo de vendas, especialmente em um momento em que a necessidade de conhecimento e informação é mais crucial do que nunca para a compreensão dos eventos atuais”. Ele acrescentou: “Isso envia um sinal errado, não apenas para o público em geral, mas também nos círculos acadêmicos e editoriais. Sugere uma pressão crescente para limitar a expressão de vozes dissidentes na França, o que é preocupante para a diversidade de perspectivas, como a liberdade acadêmica”, denunciou o livreiro Patrick Bobulesco, em entrevista ao Actuallité

Série de perseguições 506y1c

É fato que não se trata de um acontecimento isolado, pois acompanha uma série de exemplos de censura e perseguição do Estado imperialista francês contra as manifestações de apoio à causa Palestina. 

No dia 12 de outubro, cinco dias após o acirramento do conflito entre o Estado sionista de Israel e a Resistência Nacional Palestina, o Estado francês proibiu qualquer tipo de protesto em defesa do povo palestino, criminalizando ativistas pró-palestina bem como imigrantes árabes. Como poderia se esperar, tal proibição não fez cessar os massivos protestos em defesa da Palestina no país, bem como em outros países da Europa que recrudesceram sua perseguição ao ativismo pró-palestina.

Além da arbitrária proibição de protestos, o Estado imperialista francês foi responsável pela deportação da ativista palestina Mariam Abu Daqqa, de 72 anos, veterana militante da Frente Democrática para a Libertação da Palestina, que estava na França para realizar uma série de palestras (que acabaram canceladas) e foi forçada a sair do país. Antes de sair, Abu Daqqa foi alvo de prisões domiciliares pelo Estado francês.


Fica claro que a censura do livro de Ilan Pappé é mais um episódio do recrudescimento da repressão, por parte do Estado imperialista francês ou de empresas pró-sionistas contra todos aqueles que levantam sua voz contra o genocídio perpetrado pelo Estado sionista de Israel

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