AM: Empresários presos em Brasília com R$ 1,2 milhão têm contrato com a Prefeitura de Coari 4z3954

Empresários corruptos são fornecedores da prefeitura de Coari.

AM: Empresários presos em Brasília com R$ 1,2 milhão têm contrato com a Prefeitura de Coari 4z3954

Empresários corruptos são fornecedores da prefeitura de Coari.

Três homens vindos de um voo da LATAM, procedente de Manaus, foram detidos com R$ 1,2 milhão em espécie após desembarcarem no Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek, no dia 20 de maio. A suspeita surgiu durante uma operação de rotina, quando os scanners de raio-X identificaram volumes incomuns nas malas transportadas pelos ageiros. 5e294a

Presos em flagrante, os homens foram identificados como César de Jesus Glória Albuquerque, Erick Pinto Saraiva e Vagner Santos Moitinho. Eles alegaram ser empresários no estado do Amazonas e afirmaram que o dinheiro seria proveniente de pagamentos recebidos por contratos públicos com prefeituras da região. Segundo os detidos, a viagem a Goiás tinha como objetivo quitar dívidas e adquirir materiais para suas empresas. No entanto, nenhum dos três soube indicar com precisão os locais onde fariam as compras nem os nomes dos supostos credores.

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Dois dos detidos são apontados como fornecedores da prefeitura de Coari, istrada pelo prefeito Adail Pinheiro (Progressistas). O envolvimento deles com o Estado foi registrado no Diário Oficial dos Municípios em 16 de abril.

César de Jesus, responsável pela empresa Comercial CJ – Comércio de Produtos Alimentícios Ltda (CNPJ 31.158.755/0001-42), foi designado para receber aproximadamente R$2,5 milhões voltado para produtos como bolsas, bonés, chapéus, tecidos e pares de tênis. Já Erick Pinto Saraiva, proprietário da empresa Saraiva Comércio de Confecção Ltda (CNPJ 14.675.413/0001-80), aparece com previsão de recebimento de cerca de R$ 3 milhões para entrega de itens como camisetas, jalecos, macacões e até materiais hidráulicos e elétricos.

Os valores referem-se ao total estimado com base nas quantidades previstas e nos preços unitários estabelecidos em atas de licitação. Todas as contratações foram feitas pela Prefeitura de Coari, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, sob responsabilidade do secretário Júlio dos Santos Sales, que assinou os contratos.

O total geral dos contratos firmados com as duas empresas soma R$5.684.960,00.

O dinheiro encontrado estava distribuído em maços de R$200, sem comprovação de origem. Além disso, os empresários já tinham agens de retorno compradas pela mesma companhia aérea, o que levantou ainda mais suspeitas sobre a real finalidade da viagem e a procedência do valor.

As investigações apontaram indícios de que César e Erick estão ligados a empresas cujas movimentações financeiras não condizem com o capital social informado. A empresa alimentícia de César também forneceria outros tipos de materiais a diversas prefeituras do Amazonas. Erick, por sua vez, embora sócio de uma confecção, atuava no fornecimento de materiais hidráulicos e elétricos ao setor público.

Chama a atenção o fato de que César foi beneficiário do auxílio emergencial entre 2020 e 2021, benefício destinado a pessoas em situação de vulnerabilidade durante a pandemia. Atualmente, ele possui três veículos registrados em seu nome: um Onix, uma Saveiro e uma caminhonete Toyota Hilux.

“Há indícios claros da montagem de empresas que não operam de fato no mercado, mas funcionam como mecanismos para simular serviços e justificar pagamentos suspeitos por parte dos órgãos públicos”, afirmou uma fonte ligada à investigação.

Apesar dos indícios, os três foram liberados após audiência de custódia na 1ª Vara Criminal de Brasília. Eles estão proibidos de deixar a capital e serão monitorados por tornozeleiras eletrônicas durante três meses.

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