Em operação fajuta da PF, músico é preso acusado de pertencer ao Hezbollah 325ah

Em mais um episódio da mirabolante “Operação Trapiche” da Polícia Federal (PF), foi preso no dia 13/11 o músico brasileiro Michael Messias foi preso acusado, sem prova alguma, de pertencer ao grupo libanês Hezbollah.
Operação da Polícia Federal prende injustamente três brasileiros acusados de integrar o Hezbollah. Foto: Reprodução

Em operação fajuta da PF, músico é preso acusado de pertencer ao Hezbollah 325ah

Em mais um episódio da mirabolante “Operação Trapiche” da Polícia Federal (PF), foi preso no dia 13/11 o músico brasileiro Michael Messias foi preso acusado, sem prova alguma, de pertencer ao grupo libanês Hezbollah.

Em mais um episódio da mirabolante “Operação Trapiche” da Polícia Federal (PF), foi preso no dia 13/11 o músico brasileiro Michael Messias, acusado, sem prova alguma, de pertencer ao grupo libanês Hezbollah. A operação em curso anunciou que seu objetivo é prender supostos membros da organização libanesa que estaria planejando “ataques terroristas contra pessoas e instituições judaicas ou israelenses em território brasileiro”. Porém, até agora, a única coisa que a operação fez foi lançar pelos ares a legalidade, prendendo e imputando crimes à brasileiros que não se conhecem e cujo único elo comum entre si é a ausência de qualquer vínculo com “grupos que planejam atentados contra judeus”, muito menos ao grupo sediado no Líbano. 5be1r

Michael Messias é o terceiro preso em operação da PF, sendo recentemente revelada a identidade dos outros dois presos, Lucas os Lima e Jean Carlos de Souza. O que chama atenção é que absolutamente nenhuma prova é apresentada para associar os brasileiros (que não possuem ligação alguma entre si) ao Hezbollah, sendo possível citar apenas que estes eram pessoas que haviam recentemente visitado o Líbano. 

Uma reportagem feita pelo monopólio de imprensa Globo afirmou que os brasileiros eram contratados por um suposto membro do Hezbollah no Brasil: um descendente sírio que mora em Minas Gerais e que também não possui nenhuma ligação comprovada com o Hezbollah.

O monopólio de imprensa, no intuito de associar o descendente sírio ao grupo libanês, chegou ao cúmulo de apresentar fotos onde o mesmo posava com uniforme militar e um fuzil em meio à guerra na Síria, a qual este estaria lutando ao lado do Exército sírio. Imagem que não prova de nenhuma forma que exista vínculo deste sujeito ao Hezbollah. Na lógica da PF (que a rede Globo e outros monopólios de imprensa seguem), seria natural considerar que todo agente das forças militares (qualquer general das Forças Armadas ou qualquer delegado da Polícia Civil, por exemplo) está envolvido com tráfico de drogas e tortura contra pobre e pretos.

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O fato de que os brasileiros estão presos e sendo enquadrados como terroristas pela PF é uma aberração jurídica completa. Ainda mais se levarmos em consideração que o próprio Hezbollah não é considerado um grupo terrorista nem no Brasil, e nem sequer em alguma lei internacional. Além disso, não há qualquer evidência apresentada de que existiu algum plano para realizar os supostos atentados. Na realidade, a alcunha “terrorista” aparece com o único intuito de produzir manchetes sensacionalistas e promover, aí sim, terrorismo midiático em cima de uma suposta ameaça de “atentado no Brasil”

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