DF: Luta pela terra é tema de cine debate na UnB 3p294k

O documentário ‘Terra e Sangue: Bastidores do Massacre de Pau D’Arco’ foi debatido em meio a campanha de apoio à Revolução Agrária na Universidade de Brasília.
Foto: Banco de Dados AND

DF: Luta pela terra é tema de cine debate na UnB 3p294k

O documentário ‘Terra e Sangue: Bastidores do Massacre de Pau D’Arco’ foi debatido em meio a campanha de apoio à Revolução Agrária na Universidade de Brasília.

Na última quarta-feira, o Centro Acadêmico de Geografia da Universidade de Brasília (UnB) recebeu mais uma edição do Cine Nova Cultura, projeto organizado pelo Comitê de Apoio ao AND-Brasília. Em parceria com o Coletivo de Base – Honestino Guimarães (CB-HG), evento exibiu o documentário ‘Terra e Sangue: Bastidores do Massacre de Pau D’Arco’, que retrata a criminosa violência de uma ação policial a mando do latifúndio contra os camponeses no sul do Pará em 2017. 27b2o

O documentário serviu como ponto de partida para um debate sobre a luta pela terra no Brasil, em conformidade com a campanha em apoio a Revolução Agrária que vem sendo organizada na UnB, destacando violência do Estado burguês-latifundiário e a justa resistência camponesa das Áreas Revolucionárias dirigidas pela Liga dos Camponeses Pobres (L) e demais lutas camponesas, indígenas e quilombolas que se desenvolvem no país cada vez mais organizadas e combativas.

Estudantes, ativistas e apoiadores da luta pela terra apontaram que o massacre de Pau D’Arco não foi um evento isolado ou uma “coisa do governo da época”, mas parte de uma história recorrente de opressão às massas em nosso país. Uma estudante mais jovem, por não conhecer a história, afirmou ter ficado indignada com toda a situação e pelo papel abertamente assassino das forças do velho Estado que atuaram em conluio com o latifúndio.

Como apontado pela representante do CB-HG, “a criminalização da luta pela terra ocorre até mesmo na capital do país, onde dezenas de assentamentos e as lideranças locais são perseguidos, criminalizados, tem suas plantações queimadas e seus barracos derrubados quase diariamente.” Enfatizou a importância da L como uma trincheira de resistência e organização dos camponeses que lutam não apenas por um pedaço de terra, mas pela Revolução Agrária, pela destruição do Latifúndio, pela libertação da exploração no campo.

A ativista ainda destacou o papel das mulheres na luta pela Revolução Agrária, afirmando que “o fim da opressão da mulher a pela destruição do latifúndio e do imperialismo” e que a solução “a pela questão de poder, não um falso ‘empoderamento’ individualizado das mulheres, mas o poder do proletariado e demais classes revolucionárias.”  

Um representante do Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) evidenciou sobre como a luta pela terra permanece avançando mesmo com inúmeros ataques por parte do velho estado e do latifúndio, apontando que os massacres e crimes contra os camponeses, indígenas e quilombolas “não fizeram recuar nem estremecer aqueles que lutam pelo direito a uma terra para viver e trabalhar”, apontando que com o apoio da L, os camponeses que sobreviveram se organizaram e voltaram para tomar aquelas terras.

Citando o exemplo dos posseiros de Barro Branco, o ativista enfatizou a importância do apoio dos estudantes na defesa da Revolução Agrária, sendo “o caminho que os verdadeiros antifascistas e anti-imperialistas de nosso país devem seguir, denunciando os ataques do latifúndio, serviçal do imperialismo, e das hordas paramilitares do Invasão Zero, braço armado da extrema-direita no campo.”

Um estudante de Economia apontou como “o INCRA é responsável por regularizar as terras e loteamento no Brasil. Mas, curiosamente, foi criado durante a Ditadura Militar, sendo uma forma que o Regime militar encontrou para turvar a consciência das massas e dissolver as ligas camponesas.” Ao tratar do histórico de lutas em nosso país, trouxe o exemplo da Guerra de Canudos (BA), onde “viviam 20 mil pessoas e houve três tentativas de incursão do exército brasileiro, e os camponeses resistiram bravamente com enxadas e espingardas velhas.” 

Banquinha do Comitê de Apoio – Brasília.

Um representante do Comitê de Apoio ressaltou a importância da imprensa popular e democrática na denúncia e cobertura do Massacre de Pau D’arco, tratando como a matéria foi recebida na Redação, citando matéria que abordava o esse acontecimento, e como o jornal destacou sua equipe para apurar in loco o crime. Denunciou ainda a censura que o AND vem sofrendo devido ao seu jornalismo honesto e a serviço do povo, especialmente com a divulgação da causa palestina e da Revolução Agrária. Por fim, tratou da importância do jornalismo democrático e popular, que leva ao povo as notícias que lhes são negadas pelo monopólio de imprensa, que, segundo o representante, “não atuam a serviço da população, mas do governo de turno e empresas com quem são conluiados.”

O Cine Nova Cultura é um projeto realizado pelo Comitê de Apoio ao AND – Brasília, que tem o propósito de divulgar a cultura a serviço do povo e a luta das massas de todo mundo.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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