DF: Em meio à crise nos transportes, Rodoviários deflagram greve por tempo indeterminado q356x

Rodoviários do Distrito Federal (DF) iniciaram a segunda-feira (06/11) com uma greve que tirou 100% da frota de ônibus de circulação.
Greve dos rodoviários escancara crise nos transportes no DF. Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

DF: Em meio à crise nos transportes, Rodoviários deflagram greve por tempo indeterminado q356x

Rodoviários do Distrito Federal (DF) iniciaram a segunda-feira (06/11) com uma greve que tirou 100% da frota de ônibus de circulação.

Rodoviários do Distrito Federal (DF) iniciaram a segunda-feira (06/11) com uma greve que tirou 100% da frota de ônibus de circulação. Os trabalhadores reivindicam a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), a recomposição salarial com ganhos acima da inflação e melhorias trabalhistas. Decidida em assembleia no domingo (05/11), a greve iniciou às 00h da segunda, onde os ônibus sequer chegaram a sair das garagens. 45235r

A categoria busca a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho, que venceu em 1º de agosto. Contudo, segundo o Secretário Geral do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Terrestres do Distrito Federal (SINTTRATER/DF), José Wilson, as empresas alegam que o governo está em dívida de 900 milhões de reais, o que dificulta o encaminhamento de uma proposta salarial satisfatória.

Na assembleia, os trabalhadores rejeitaram uma proposta que consideraram insatisfatória. A proposta apresentada foi de reajuste de 5,33% no salário, no plano de saúde e no plano odontológico; de 8% no tíquete alimentação e de 10% na cesta básica.

Em nota, a Secretaria de Transporte e Mobilidade do Governo do Distrito Federal (Semob) considerou a greve “abusiva”. O Governo do Distrito Federal já judicializou a greve, tendo o Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) determinado a suspensão da greve ainda no dia 5, sob multa de 10 mil reais por hora. Mesmo assim, a categoria manteve-se de pé e a greve paralisou completamente a frota de ônibus do DF.

A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) opera com capacidade máxima na tentativa de suprir a demanda. Contudo, a rede de trens metropolitanos do DF é insuficiente para atender integralmente a população e as estações e trens estão superlotados, especialmente nos horários de pico.

Estações de Metrô lotadas em decorrência da greve dos rodoviários. Foto: Felipe Igreja / CBN

As condições do Metrô também são precárias. Há pouco mais de uma semana, no dia 27 de outubro, uma explosão decorrida de um curto circuito na linha próxima à estação Central paralisou a operação dos trens e gerou um tumulto que feriu duas pessoas.

Explosão na estação Central do Metrô-DF. Foto: Reprodução

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A situação precária dos ônibus é de frequente reclamação dos usuários, que denunciam não apenas o preço de R$ 5,50, mas a frota que não atende a demanda, ônibus que quebram diariamente e inexistente transparência na prestação de contas de como os bilhões de rees feitos pelo GDF são aplicados.

Em entrevista ao AND, a Frente Pelo e Livre – DF e Entorno (FPPLDE), denunciou que apenas em 2021, as empresas que prestam serviço de transporte no DF, receberam mais de 1 bilhão de reais de rees do GDF, que ao final de 2022 somaram R$ 1,4 bi.

Leia também: DF: Ativistas conformam organização para exigir o e Livre e melhorias nas condições do transporte público

No dia 31/10 a Câmara Legislativa (CLDF) aprovou mais um crédito suplementar para as empresas de ônibus do DF. Dessa vez, os distritais aprovaram R$ 142 milhões. O texto original afirmava que o recurso seria voltado para atender as despesas com o e livre estudantil e a manutenção do sistema de transporte público. Contudo, um parecer da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF), no mesmo dia da aprovação, apresentou uma emenda modificativa do texto citando que a proposta visava apenas a manutenção do sistema de transporte público.

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