Após STF suspender ‘emendas pix’, Arthur Lira avança projeto de lei que retira poder da Suprema Corte 50374n

Decisão ocorreu depois de STF proibir as chamadas emendas pix.
Arthur Lira retaliou STF. Foto: Vinicius Schmidt/Metropoles

Após STF suspender ‘emendas pix’, Arthur Lira avança projeto de lei que retira poder da Suprema Corte 50374n

Decisão ocorreu depois de STF proibir as chamadas emendas pix.

Em retaliação à decisão do STF que proibiu as emendas parlamentares impositivas (as chamadas emendas pix), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) destravou e encaminhou à Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) a PEC que limita as decisões individuais de ministros da Corte. Intermediários de Lira negam que seja uma retaliação e afirmam que Lira assinou os documentos no dia 14/8, apesar de os despachos serem do dia 16/8. 1w4242

A PEC estava na Câmara há oito meses, mas sem desenvolvimentos importantes. O movimento de Lira destravou o texto. A ideia da PEC é proibir as decisões individuais, chamadas de monocráticas, de ministros, desembargadores e juízes que tenham como objetivo suspender a validade de leis e atos dos presidentes da República, Câmara e Senado.

Decisões monocráticas que suspendam atos normativos do Executivo, por outro lado, continuarão permitidas. 

Paralelamente, Lira encaminhou outra medida que permite o Congresso Nacional suspender os efeitos de decisões do STF que os parlamentares consideram que vão além do “adequado exercício da função jurisdicional”. A proposta foi apresentada em julho por 184 deputados. 

O texto defende que as decisões podem ser revogadas caso dois terços dos parlamentares da Câmara e do Senado concordem com a derrubada.

A retaliação de Lira joga mais água no moinho da crise política brasileira. Os ministros Luis Roberto Barroso, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, criticaram a PEC. Mendes chegou a descrevê-la como uma “ameaça” ao Judiciário, enquanto Moraes afirmou que o Senado não pode fazer “intimidações” ao STF. 

Por enquanto, o chefe do Executivo, Luiz Inácio, ainda não se pronunciou sobre o entrevero do Congresso com o STF, mas é certo que não poderá fugir da crise política para sempre – ainda mais que a tendência é que ela cresça e, mais, caia como uma bomba no colo do próprio governo. 

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