CE: Moradora de comunidade é morta por seguranças privados em ocupação q345m

Ana Mayane dos Reis Severino, foi morta a tiros na madrugada desta terça-feira (10), no bairro Carlito Pamplona, por um grupo de seguranças privados durante uma desocupação de uma fábrica têxtil desativada, gerando revolta popular.
Mayane Reis foi morta com um tiro no peito durante a desocupação — Foto: TV Verdes Mares/Reprodução

CE: Moradora de comunidade é morta por seguranças privados em ocupação q345m

Ana Mayane dos Reis Severino, foi morta a tiros na madrugada desta terça-feira (10), no bairro Carlito Pamplona, por um grupo de seguranças privados durante uma desocupação de uma fábrica têxtil desativada, gerando revolta popular.

Na madrugada desta terça-feira, dia 10, os moradores de uma ocupação em um terreno de uma fábricatêxtil desativada, terreno esse que pertence ao grupo Empresarial Fiotex Industrial S/A, foram surpreendidos pela invasão de um grupo de segurança privados armados,se ando de policiais, acompanhados de tratores, que começaram a fazer a expulsão dos moradores e destruição dos barracos.Moradores da ocupação e população resistem a despejo ilegal. 2c6w1g

A ocupação, denominada Deus é Amor, está localizada em um terreno de 33,5 mil m², onde se encontrava uma fábrica têxtil desativada há pelo menos 20 anos, de acordo com moradores da região, e abrigava mais de 500 famílias, de acordo com a Defensoria Pública do Estado e o Escritório de Direitos
Humanos e Assessoria Jurídica Frei Tito de Alencar (EFTA), e era composta por mulheres, crianças, idosos e homens em situação de vulnerabilidade social, que foram despejados de suas antigas casas por causa do alto custo dos alugueis.

Os moradores da ocupação tentaram resistir bravamente ao despejo ilegal realizado pelos seguranças
privados com o aval da policia. “As pessoas resistiram, e eles começaram a atirar, atingindo uma mulher que estava dormindo em um dos barracos com a filha pequena. Acordei com os tiros. Depois que tudo aconteceu, a polícia só foi chegar em torno de 05:00, quando a população começou a protestar na avenida” disse um morador ao noticiário do grupo de mídia G1.
De acordo com a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (ETUFOR), dois ônibus foram
queimados em protesto pela população. Também foi observado a criação de barricadas, feitas de pneus em chamas, para fechar uma avenida em forma de protesto.

Após os protestos, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, se pronunciou de forma evasiva sobre o caso, falando que “nossa Polícia está investigando o episódio de violência ocorrido durante uma desocupação em área privada realizada nesta madrugada”, sem sequer mencionar o nome da empresa responsável pelo assassinato da trabalhadora Ana Mayane, ou sobre os problemas crescentes de falta de o a moradia causado pela especulação imobiliária.

Após o despejo ilegal e criminoso realizado pela empresa de segurança privada, as famílias pertencentes à ocupação voltaram na sexta-feira (13) ao terreno e começaram a reconstrução de seus barracos, mostrando a organização e força popular dessa luta justa. Essa é só mais uma das diversas ocupações que já ocorreram na cidade de Fortaleza, um sintoma do malefício que a especulação imobiliária, com aval e assistência do governo municipal, causa ao privar as pessoas do o digno à moradia.

A empresa proprietária do terreno mente, ao divulgar em nota pública que a desocupação foi conduzida de forma legal, contrariando informações divulgadas pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), que afirma que “o caso não se encontra dentre as demandas pertencentes ao acervo da Comissão Regional de Soluções Fundiárias do TJCE, tampouco foi localizado processo judicial com os parâmetros
disponibilizados”.

Cinco capangas da empresa Fiotex Industrial S/A foram detidos em flagrante no dia do assassinato de
Ana Mayane, porém os donos da empresa não foram responsabilizados pela morte da jovem.

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